O texto-base limitava a até R$ 600 a multa, nos casos reincidentes. Destaque aprovado, porém, liberou Estados e municípios para estipularem as penalidades. Os entes são responsáveis por regulamentar a lei e fiscalizar seu cumprimento.
O projeto foi aprovado em votação simbólica, ou seja, sem contagem de votos. Esse acerto é possível quando há concordância entre as bancadas partidárias.
Ainda estão sendo analisados os destaques –trechos da proposta votados separadamente. Concluída a apreciação, o texto irá ao Senado.
O projeto é do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA), líder da bancada de seu partido na Câmara. O relator foi Gil Cutrim (PDT-MA).
A proposta abre a possibilidade de o poder público fornecer as máscaras àqueles que recebem o auxílio emergencial de R$ 600 e outros grupos em vulnerabilidade econômica.
Nos locais em que o poder público não fornecer as máscaras, a multa pelo descumprimento da lei não poderá ser cobrada de pessoas economicamente vulneráveis.
A proposta também obriga os estabelecimentos autorizados a funcionar durante a pandemia, inclusive órgãos públicos, a fornecer máscaras a seus funcionários, mesmo que de fabricação artesanal.
O texto aprovado pelos deputados determina que os recursos vindos das multas aplicadas sejam utilizados no enfrentamento ao coronavírus.
O relator suavizou a proposta inicial de Pedro Lucas Fernandes. O projeto falava em responsabilização “civil, administrativa e penal” de quem fosse pego sem máscara de proteção, por exemplo. A versão aprovada estipula apenas a multa.
O projeto de Pedro Lucas também determinava que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e o Ministério da Saúde promovessem campanhas publicitárias para divulgar a obrigatoriedade do uso das máscaras e dar dicas sobre como produzi-las.
A versão aprovada diz que o governo “poderá veicular” essas peças. Também determinar atendimento preferencial a profissionais de saúde diagnosticados com a covid-19.
Também foi aprovada uma emenda que obriga o uso de máscaras por trabalhadores dos sistemas prisionais e socioeducativos, inclusive os prestadores de serviços. As prisões aglomeram muitos presos em lugares fechados, sendo local propício para que o coronavírus se alastre.
Fonte | Poder 360