Emanuel Pinheiro deu coletiva depois do decreto do governador Mauro Mendes (DEM), permitindo a liberação do comércio. Em Cuiabá, as medidas restritivas continuam.

A decisão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), é pela manutenção das medidas já decretadas pelo município como forma de prevenção ao coronavírus. Ele afirmou, em entrevista coletiva concedida através das redes sociais, nesta sexta-feira (27), que a determinação é que os comércios continuem fechados e não sejam realizados eventos com público.

“O vírus não circula, quem circula são as pessoas, então temos que agir agora, evitar aglomerações”, declarou.

A coletiva foi dada depois do decreto do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), permitindo a liberação do comércio, para não prejudicar a economia. Os efeitos do decreto foram divulgados nessa quinta-feira (26).

Para Emanuel, é possível recuperar a economia, mas a vida, não.

Emanuel disse que o decreto municipal continua valendo em âmbito municipal.

“Nós vamos conseguir recuperar a economia, mas primeiro cuidando da vida. O meu decreto é responsável e equilibrado, vai na linha da Organização Mundial de Saúde (OMS) e segue até o outro domingo (5)”, declarou.

Por causa disso, o prefeito disse que vai continuar fiscalizando para evitar o descumprimento das medidas restritivas.

“Sou contra a fiscalização de abuso de poder sobre qualquer aspecto, não tolero, não aceito, mas a minha orientação é use a autoridade e não o autoritarismo. A prevenção é para preservar o decreto que protege a saúde e a vida da população”, disse.

Ele apoiou o pedido de suspensão do decreto estadual apresentado pelo Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT), ainda nessa quinta-feira.

Pinheiro também citou o pedido de desculpas do prefeito de Milão, depois de orientar a população a sair para a rua. Giuseppe Sala admitiu ter errado ao apoiar a campanha “Milão não para”, que pedia que a cidade não paralisasse suas atividades no início da pandemia de coronavírus na Itália.

“No dia 27 de fevereiro, o prefeito de Milão aderiu a uma campanha para que a cidade não podia parar, passado exatamente um mês, ele vai a mídia internacional e pede desculpas, dizendo que errou e errou muito, porque mais de 8 mil vidas já se perderam, estraçalhando vidas”, afirmou.

Em 27 de fevereiro, a Itália havia registrado 14 mortes por Covid-19 e 528 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. A Lombardia era a região mais afetada do país, com 57,7% dos casos.

Um mês depois, nesta sexta (27), o país registrou um recorde diário de mortes pela doença: foram 919 em 24 horas, segundo a agência de proteção civil. O país soma 9.134 mortes e, destas, 5.402 (59%) foram na Lombardia.

Fonte | G1  Foto | Reprodução

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