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Pequenos gestos dão lição de solidariedade no Brasil

A personal trainer Carolina Conceição, de 40 anos, moradora da região central de São Paulo, estava no mercado nesta terça-feira, 17, quando foi surpreendida com uma ligação da corretora de seu apartamento. O motivo não poderia ser melhor: o proprietário do imóvel informou que nos próximos dois meses, abril e maio, vai reduzir o preço do aluguel pela metade por causa da crise do novo coronavírus.

Carolina, que é profissional autônoma, mal conseguiu acreditar na ligação. “Eu dei um grito na hora! E estou contando isso arrepiada. Acredito que, agora, pequenos e grandes gestos têm que ser feitos. Estou bem agradecida”, relata em entrevista. A personal conta que continua dando aulas, mas de bicicleta e apenas no prédio de alguns alunos que optaram por manter os treinos, pois seu trabalho em academias foi suspenso.

Nos últimos dias, com o aumento do número de casos de coronavírus no Brasil, muitas ações de solidariedade e gentileza foram compartilhadas nas redes sociais. Em meio à pandemia, simples atitudes trazem esperança e união entre a população, como a farmácia do bairro Uberaba, em Curitiba (PR), que disponibilizou álcool gel grátis em sua loja.

Outro exemplo de gentileza é a corrente do bem que muitas pessoas estão disseminando em prédios e condomínios das cidades mais afetadas pela doença. Moradores deixaram recados no elevador ou no hall de entrada para oferecer fazer compras no supermercado ou na farmácia a vizinhos do grupo de risco da doença, como os idosos. O objetivo da iniciativa é manter a segurança dessas pessoas no período de isolamento, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Olá, vizinhos, estamos vivendo um momento difícil fruto do coronavírus e acredito que a solidariedade é fundamental! Por isso, se alguém precisar de alguma ajuda, como ir ao mercado ou na farmácia, pode interfonar no 23B. Em especial os idosos, que precisam de cuidado redobrado. Juntos vamos sair dessa! Se cuidem!”, escreveu Carina Vitral, ex-presidente da UNE e militante feminista, em um bilhete fixado em seu edifício.

“Não importa se você não pertence ao grupo de risco, todo mundo precisa se prevenir pra não ser transmissor. Acho que essa crise tá nos ensinando quanto é importante a solidariedade. Uma atitude dessas pode ser simples, mas inspira mais gente a pensar coletivamente”, ressalta Carina à reportagem.

Nas redes sociais, outras pessoas compartilharam imagens de atitudes semelhantes a de Carina, com o objetivo de disseminar o movimento e apoiar quem mais precisa de ajuda. Que tal fazer isso onde você mora também? Não esqueça de lavar sempre as mãos e usar álcool gel!

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Outra rede de apoio que surgiu na internet é a população ressaltando a importância de comprar produtos e valorizar o comércio local, de pequenos produtores, pois são eles que vão sentir os impactos da crise econômica neste momento de pandemia e correm riscos de quebrar.

“Peça comida das pequenas lanchonetes. Compre no petshop da esquina e não grandes redes. Vá na mercearia perto da sua casa e não na grande rede de supermercado”, diz o post compartilhado por milhares de pessoas nas redes sociais. É importante ressaltar que algumas cidades decretaram o fechamento de lojas, menos farmácias e supermercados, mas é possível realizar compras online em muitas delas.

Fonte e Fotos | Catraca Livre

 
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