É preciso parar, refletir e modificar nossa rotina de vida, à fim de reduzir a velocidade com a qual este vírus esta se propagando, isso exige, no momento, a necessidade do isolamento social.
Não queremos nos sentir aprisionados ou isolados, mas é preciso enfrentar a questão com maturidade e responsabilidade. Parar tem um custo econômico gigantesco, e não parar pode custar muitas vidas. As pessoas mais vulneráveis são os idosos, pessoas com problemas respiratórios, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e crianças. Não basta melhorar a higiene pessoal, ajuda mas não evita a transmissão, o mais importante a fazer é mesmo manter o isolamento social. É importante então orientar as crianças para que elas saibam porque pararam de ir à escola e de fazer suas atividades rotineiras para ficar dentro de casa.
A criança fica impactada com informações que não tem condições de entender e assimilar, e muitas vezes nem consegue se expressar à respeito. Evite que a criança fique sem uma orientação e uma resposta e procure sempre estar ao seu lado para ajudá-la a compreender o assunto. Demonstre que o melhor à fazer quando se enfrenta uma dificuldade é ficar tranquilo, não se desesperar, que é preciso tempo para compreender, inteligência para buscar o caminho e coragem para seguir em frente, sem nunca entrar em pânico.
A tendência, neste período de grande instabilidade, é que as pessoas se sintam cada vez mais ameaçadas com a possibilidade de contrair o vírus. Em tempos de crise, é preciso reunir forças para enfrentar a situação, porque quanto maior a capacidade em lidar com as adversidades, menor o risco de adoecimento emocional. É um período delicado, que exige cautela com a superabundância de informações que nos atinge diariamente, filtrando-as para não adoecermos de medo, angústia e depressão.
É preciso conversar com as crianças, não as deixando confusas com as notícias, hoje não dá para dizer que tal assunto é “coisa de adulto”, pois, o que não explicarmos, facilmente as crianças vão buscar entender na internet ou mesmo com seus coleguinhas, e nesse caso, nada garante que terão uma visão adequada sobre o assunto.
Em casa, ajude as crianças a serem autônomas, a continuar estudando as matérias da escola, a ler livros, revistas, gibis, assistir filmes, fazer desenhos, ajudar nas tarefas domésticas, aprender receitas de comidinhas gostosas, fazendo com que a rotina de todos seja agradável durante este período necessário de isolamento social, sabendo que nem sempre podemos fazer grandes coisas, mas podemos fazer pequenas coisas com grande amor. Nossas escolas estão de recesso por segurança, mas não podemos deixar os estudos de recesso também, dizendo de maneira simples aos nossos pequeninos que temos que ficar em casa por alguns dias porque se o coronavírus não encontrar ninguém, ele vai embora.
Fonte | Denise Caramori – Psicopedagoga/Terapeuta – Equoterapeuta/ Equitadora – denicaramori@hotmail.com
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