Segundo a mãe, ela matriculou a filha neste ano para trabalhar, mas agora precisa ficar em casa para cuidar da menina.

Uma mãe denunciou a Creche Municipal Renisea Guilhermette Barua, em Cuiabá, onde a filha de 2 anos está matriculada, após a criança voltar para casa com vários hematomas pelo corpo. O caso ocorreu no dia 11 deste mês e o boletim de ocorrência foi registrado no dia seguinte.

A Secretaria Municipal de Educação informou que uma assessora pedagógica da diretoria de ensino visitou a creche, nessa segunda-feira (17), para ouvir os envolvidos. A pasta disse ainda que tomará as medidas necessárias a partir do relatório produzido pela profissional.

Lígia de Souza Oliveira contou que a filha estava com uma marca de mordida no dia 10 deste mês. Ao questionar a escola sobre o hematoma, a unidade teria afirmado que a menina foi mordida por outra criança.

Menina tinha várias marcas no rosto — Foto: Lígia Oliveira/Arquivo pessoal
Menina tinha várias marcas no rosto — Foto: Lígia Oliveira/Arquivo pessoal

No entanto, no dia seguinte, Lígia disse que recebeu uma ligação da escola para que ela buscasse a filha, pois a menina havia sido mordida por uma criança novamente.

“Meu pai foi quem buscou, pois estava no trabalho. Quando vi aqueles hematomas na minha filha fiquei revoltada, porque não pareciam mordidas. Ela estava machucada e muito assustada”, contou.

A mãe afirmou que procurou a escola no dia seguinte para cobrar providências e a diretora teria dado apenas um papel para que ela fizesse a reclamação.

“Não me deram nenhuma assistência. A diretora disse que eu poderia ficar com ela três meses em casa e depois voltava, mas ela [criança] está traumatizada e não quer voltar para a creche. Quero a verdade, não quero ser injusta com ninguém, mas também não quero que sejam comigo”, disse.

Nesta semana, segundo Lígia, a criança disse a ela e aos familiares que a professora puxou o cabelo dela.

“Pergunto quem a machucou e ela diz que foi a professora. Ela passou a repetir isso para todo mundo e está com muito medo das pessoas que se aproximam dela. Acredito na minha filha. Se não tomarem as providências, isso pode acontecer com outro”, afirmou.

Segundo a mãe, ela matriculou a filha neste ano para trabalhar, mas agora precisa ficar em casa para cuidar da menina.

“Tinha planos para trabalhar fora e agora não vou poder mais. Ainda estou muito abalada com tudo isso e minha filha também”, disse.

Fonte | G1   Foto | Arquivo Pessoal

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