Edson ainda foi denunciado por outras seis mulheres que tiveram relacionamentos amorosos com ele.

A Justiça negou o pedido de soltura do agente prisional Edson Batista Alves, de 35 anos, preso em novembro do ano passado, em Cuiabá, suspeito de torturar e manter a namorada e o filho dela de 6 anos em cárcere privado.

Edson ainda foi denunciado por outras seis mulheres que tiveram relacionamentos amorosos com ele. Uma delas, registrou quatro boletins de ocorrência contra o agente.

Segundo a polícia, a mulher e a criança eram torturadas e mantidas em cárcere privado há duas semanas. Edson chegou a quebrar o braço do enteado e o obrigou a gravar um vídeo dizendo que tinha sofrido a fratura em um acidente.

As vítimas possuem vários hematomas pelo corpo. Elas relataram que, além de socos e chutes, eram espancadas com fio de carregador, cabo de vassoura e até queimadas com água quente.

A mãe da criança namorou Edson por três meses. Ela se mudou com o filho de Rondonópolis para Cuiabá, para morar com Edson há duas semanas.

Ela disse à polícia que desde que começaram a morar juntos foi mantida trancada em casa e o suspeito passou a ser agressivo.

A criança afirmou à reportagem que Edson chegou a colocar a cabeça dela na privada durante as agressões.

Segundo a mãe, além das agressões, o suspeito ameaçava o filho dela de morte, caso ela o denunciasse.

No dia 20 de novembro, a vítima e o filho dela foram com Edson a um jantar na casa de amigos e ela conseguiu fugir com o filho durante a madrugada quando o suspeito foi ao banheiro. Ela procurou ajuda em uma base da Polícia Militar, em Cuiabá.

A prisão

Segundo a polícia, após descobrir a fuga da mulher, Edson ainda teria rastreado o celular dela. Ele foi preso rondando a base da polícia.

Após a prisão, o suspeito foi encaminhado para audiência da custódia e a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva.

Ele foi encaminhado para um presídio militar, em Santo Antônio de Leverger.

O agente atuava no Setor de Operações Especiais (SOE), mas estava afastado do trabalho por violência doméstica e era monitorado por tornozeleira eletrônica.

Outras agressões

Outras vítimas de Edson contaram que o agente as obrigou a tatuar o nome dele. Segundo elas, caso não atendessem ao pedido, eram espancadas.

De acordo com essas mulheres, durante as sessões de tortura, o agente as obrigava a beber a urina dele em um copo.

Uma das ex-mulheres de Edson, que não quis ter a identidade divulgada, contou à reportagem que o suspeito deu o primeiro tapa nela logo no início do casamento.

Em seguida, ele teria se ajoelhado diante dela e prometido nunca mais fazer aquilo.

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