G.S.S. foi surrado com pedaço de madeira e fio de cobre; Ele desconfia que agressores são policiais.

O jovem G.S.S., 19 anos, foi sequestrado e torturado por pelo menos oito homens na noite de domingo (22) em uma rua do bairro Mapim, em Várzea Grande. A vítima, que foi socorrida por amigos e encaminhada a Policlínica do bairro Verdão, em Cuiabá, disse à Polícia Militar que desconfia que seus agressores sejam policiais.

De acordo com o boletim de ocorrência, G.S.S. contou aos militares que na Rua Chile, por volta das 18h, dois veículos Volkswagen Gol se aproximaram – sendo um de cor prata e outro branco – e em seguida um homem alto, negro, com barba desceu do Gol branco e perguntou se ele sabia onde vendiam droga na região.

No entanto, o jovem disse que não sabia dar esse tipo de informação, mas o acusado começou a insistir no assunto. Logo depois obrigou o rapaz a entrar no veículo, onde estavam mais três pessoas encapuzadas. O homem disse que o levaria para várias bocas de fumos.

“Então passaram pela Rua 03, Rua 05 e outro local próximo de um bar de esquina, todos esses pontos no bairro Tarumã, onde de acordo com o homem que o abordou, comercializam entorpecente. Que nesses locais, os veículos permaneceram parados por alguns instantes, mas por não aparecer ninguém saíram de um ponto ao outro”, diz trecho do B.O.

Em seguida, G.S.S. narra que o carro retornou para as proximidades da Rua Chile, porém, entraram em uma rua de terra, local ermo, onde desembarcaram oito homens, sendo quatro de cada veículo. Apenas o homem negro que o abordou estava sem capuz.

Neste momento começaram as agressões, conta o jovem.

“Homens passaram a agredi-lo com pedaço de madeira que tinham no carro, que enquanto uns o seguravam, outros davam chutes e o acertavam com a madeira, que em determinado momento o golpe resvalou em seu ombro e pegou em sua cabeça, o deixando inconsciente. Nesse momento ele ficou com o corpo caído sobre uma cerca”, detalha o documento policial.

Mesmo assim, os criminosos ainda pegaram um fio de cobre encapado, que estava sendo usado improvisadamente como varal de uma casa próxima, e passaram a agredir a vítima.

Durante a sessão de tortura, os agressores mostraram duas fotos à vítima e o questionaram se reconhecia a imagem de dois homens. Após dizer que não, um dos bandidos afirmou: “Deixa, ele não vai falar mesmo”.

Então, os agressores o colocaram em um dos carros e o deixaram próximo a Rua Chile, onde o rapaz pediu ajuda a um amigo que o levou até a policlínica.

A vítima disse ainda que consegue descrever apenas o homem negro, alto e com barba que com o rosto descoberto. Já outro homem branco, que estava com capuz, tinha uma tatuagem de peixe no braço era chamado de “stive”.

Os PMs orientaram G.S.S. ir até à delegacia após receber alta para fazer exame de corpo de delito para basear as investigações do caso.

Fonte | RMT

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