Com o objetivo de levar informações sobre o combate, a transmissão e os sintomas da leishmaniose, médicas veterinárias da Unidade de Controle em Zoonoses (UVZ) estão visitando escolas da cidade com apresentações de teatro de fantoches para as crianças. A intenção principal é conscientizar as crianças sobre a doença e torná-las multiplicadoras de informações.

A linguagem escolhida para abordar o assunto é uma forma de despertar a atenção, principalmente, de crianças de dois a seis anos. “Com o teatro de fantoches, que conta com uma personagem principal que representa uma ‘mosquita’, buscamos a interação das crianças e que elas assimilem mais facilmente as informações repassadas”, conta a médica veterinária, Araci Moreira Simões Nogueira Borges.

Os pequenos aprendem com o teatro sobre os cuidados que devem ser adotados para evitar a proliferação do mosquito palha – que é o transmissor da leishmaniose – como manter os quintais limpos, especialmente, livre de folhas úmidas e evitar criar galinhas, pois o mosquito é atraído para locais em que há esse tipo de animal. É importante ainda usar a coleira repelente nos animais e colocar telas nas janelas.

Com o teatro, as crianças aprendem aidna que o cachorro não é transmissor da leishmaniose e que o contato com os animais pode ocorrer normalmente sem riscos para as pessoas. “Também falamos sobre a importância de jamais abandonar os animais nas ruas, pois eles sofrerão com sede e fome”, ressalta Araci.

As veterinárias explicam ainda que se deve estar atento aos sintomas da leishmaniose nos cães, como abdômen inchado, unhas compridas, emagrecimento e, em caso da leishmaniose visceral, lesões de pele que aparentam ser alergia. “Caso os donos identifiquem esses sintomas nos animais, é fundamental a realização de exames para identificar se estão doentes e com isso, iniciar o tratamento com medicamento o mais rápido possível”, informa a veterinária.

O exame que identifica a leishmaniose visceral é feito gratuitamente na UVZ, de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h e das 13 às 17h. No entanto, a veterinária lembra que o exame somente pode ser feito em cães com mais de seis meses, pois antes dessa idade os resultados podem ser incorretos, com falsos positivos e falsos negativos. Na UVZ, contudo, não é fornecido o exame para identificar a leishmaniose cutânea e o tratamento medicamentoso para as duas formas da doença não é fornecido de forma gratuita.

A médica veterinária reforça que a leishmaniose visceral é a mais greve e pode causar a morte quando não é tratada. Mas, é importante também estar atento para os sintomas da leishmaniose cutânea, como emagrecimento, unha grande e lesões na pele que não curam.

Fonte | Assessoria
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