Polícia Civil diz que caso é complexo e não há nenhuma novidade que possa ser informada, para não atrapalhar investigações

Lucineide Pinto da Silva Tlass, de 48 anos, avó do pequeno Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho, de 06 anos, conta que há exatos 40 dias, procura diariamente pelo neto, em hospitais e no Insituto de Medicina Legal (IML) de Rondonópolis. O menino desapareceu misteriosamente no dia 20 de outubro.

Ela relata que na ocasião pediu ao filho, tio de Samuel, para chamá-lo para ir até a cozinha, já que ela havia preparado o ‘arroz doce’ que o neto adora.

“Foi quando eu terminei de fazer o arroz doce pra ele. E aí eu falei para o meu menino [filho]: ‘Chama o Samuel aí no quarto, para comer o arroz doce, porque já esfriou’. Ele falou ‘mãe, só está o celular; o Samuel não está aqui. Eu falei ‘vá atrás dele’ e ele disse ‘não vou, não’, mas depois logo saiu atrás dele”, contou a avó, muito abalada.

O sumiço é investigado Polícia Civil, que considera a situação complexa e evita detalhar.

A residência de Lucineide está localizada no bairro Jardim Iguaçu, em Rondonópolis. Questionada pela reportagem se no dia do fato alguém presenciou qualquer movimentação estranha envolvendo Samuel, a avó disse que por volta das 14h, após comunicar à Polícia Civil, ninguém da vizinhança possuía registros do garoto.

“Não, ninguém viu ele, nenhuma pista dele”, afirmou.

Samuel, conforme Lucineide, é carismático, alegre, comunicativo e não gosta de ficar sozinho. “Ele é muito falante, gostava de conversar e não gostava de ficar sozinho. O tempo  todo ficava conversando e perturbando os amiguinhos dele”, explica.

A Polícia Civil iniciou uma investigação prévia sobre o desaparecimento do garoto. No entanto, ao longo de seis dias de buscas, montou uma força-tarefa com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Militar, que prosseguiram em deslocamento.

A assessoria da PJC, por meio de um posicionamento oficial, informou que não há novidades e que o caso possuí complexidade, tanto que a Delegacia Especializada da Mulher de Rondonópolis continua em processo de investigação. Esclareceu ainda que não repassará informações para evitar desgastes na investigação. (Leia abaixo o posicionamento).

As investigações que apuram o desaparecimento do menino Samuel Victor da Silva Gomes Carvalho seguem em andamento na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Rondonópolis. Por se tratar de um caso complexo, o trabalho exige diligências específicas que continuam sendo realizadas pela equipe da Polícia Civil.

No momento não há informações novas que possam ser passadas à imprensa para não atrapalhar o andamento das investigações. 

Drama familiar

Desde que foi divulgado o cartaz da criança, no dia 22 de outubro, no site e nas redes sociais do setor de Desaparecidos da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a família de Samuel tem vivido angustiadamente por não haver notícias até então.

O drama se intensificou ainda mais em razão de ‘fake news’ que circularam sobre o garoto.

No dia 26 de outubro, um golpista tentou retirar R$ 20 mil da família, em forma de recompensa já que estaria com Samuel. No entanto, a mãe do garoto, Anelice da Silva, se reconheceu vítima de um golpe quando o pedido de resgate teve o valor diminuído por muito mais que a metade.

“Eles mandaram mensagem pelo WhatsApp pedindo R$ 20 mil, falando: ‘Eu tô com ele’. Não respondi de início, mas depois descobri que era golpe quando disse que só teria R$ 2 mil e eles então cobraram R$ 3 mil. Se realmente estivessem com a criança eles teriam ligado ou não tinham baixado tanto assim o preço do resgate”, disse a mãe.

Em uma das situações, a família chegou a receber uma mensagem e foto em que o autor afirmou se tratar da orelha mutilada da criança, oito dias depois do menor desaparecer. No entanto, a Polícia Civil esclareceu serem bandidos oportunistas tentando se aproveitar da fragilidade da família.

Fonte | RMT

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