A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia afastou a direção e uma funcionária da Maternidade Marlene Teixeira após o caso envolvendo o corpo do recém-nascido Rogério Cardoso de Almeida Filho.

Em um primeiro momento, ele foi dado como incinerado pelo órgão, mas pouco tempo depois foi localizado em uma empresa que coleta resíduos biológicos. A secretaria, posteriormente, admitiu que o corpo foi acondicionado em local não indicado.

O local, no caso, é uma geladeira na qual havia também placentas e resíduos.

A instituição informa que isso aconteceu porque a unidade de saúde estava superlotada. A sala usada para guardar o corpo até a chegada da funerária, alegam eles, estava ocupada para realização de atendimentos.

A SMS afirma que o corpo do bebê, que nasceu prematuro, foi recolhido por engano junto de resíduo biológico. A secretaria, no entanto, aponta que a culpa é da empresa que fez a coleta — que por sua vez, aponta falha do hospital no caso.

“Segundo eles [empresa de recolhimento], os funcionários só tem acesso a esta parte do hospital onde ficam os resíduos e que a orientação do hospital e de chefia deles era pegar tudo que estava lá”, disse o delegado Henrique Berocan, responsável pelo caso.

Rogério Cardoso de Almeida Filho nasceu na tarde de quinta-feira (24). O bebê, que nasceu de sete meses, viveu por cerca de 12 horas e morreu ainda no hospital.

Após mais de 24 horas sem saber onde o corpo do filho estava, os pais receberam a notícia de que ele havia sido incinerado por engano — o que se provou errado na segunda (28).

VEJA NOTA DA SECRETARIA DE SAÚDE:

A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que na última quinta-feira, 24, com a Maternidade Marlene Teixeira funcionando acima da capacidade, todos os ambientes da unidade estavam ocupados por gestantes/parturientes, inclusive o ambiente originalmente destinado para guardar Rogério Cardoso de Almeida Filho.

Assim, excepcionalmente, a equipe da Maternidade utilizou a refrigeração onde estão localizadas as placentas para guardar o corpo do recém-nascido, devidamente identificado, como todo o material ali localizado.

A Secretaria informa que já afastou a direção da Maternidade e a funcionária que atestou o recolhimento do material pela empresa e que implementou sindicância administrativa e estabeleceu um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização da Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria.

Agora, a pasta esclarece que aguarda as conclusões das investigações policiais e que irá aplicar todas as sanções cabíveis aos responsáveis.

Fonte | Yahoo

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