Diante do cenário de crimes de gênero existente atualmente e visando conscientizar não só elas sobre formas de se protegerem e denunciarem, mas também eles sobre seu papel na relação e as diferentes formas de agressão, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Ações Programáticas, vem promovendo palestras para homens e mulheres em vários locais da cidade sobre violência contra a mulher.

Contemplando um público diversificado, a assistente social da Secretaria de Saúde responsável pelo Sistema de Vigilância de Violência e Acidentes da Saúde (Programa Viva), Edna Rodrigues, proferiu seminário em que ressalta as diversas formas de desrespeito e abuso de gênero, que vão desde uma simples palavra utilizada de forma hostil ou irônica até graus intensos de desrespeito e abuso, numa gradação que começa de forma sutil com violências simbólicas até atingirem níveis de agressão que deixam marcas visíveis no corpo.

“Já falamos para mães, indígenas, profissionais em empresas e, para o dia 30 deste mês teremos um encontro com os agentes comunitários de saúde do município, no Ceadas, das 9h às 10 horas. Também conversamos com estudantes de turmas da Educação de Jovens e Adultos e, hoje, o tema foi abordado com um público quase que exclusivamente masculino na Concresul”, conta Edna.

A iniciativa surgiu a partir de um estudo realizado pelo Conselho da Mulher de Rondonópolis que identificou o crescimento da violência doméstica na cidade, conforme explica a presidente da entidade e gerente do Departamento de Ações Programáticas da Saúde, Mariúva Valentim: “Com esse resultado em mãos resolvemos trabalhar com toda a população sobre o tema. Mas estamos dando uma atenção especial aos homens para conscientizá-los dos diversos tipos de violência que existem, como a verbal, a financeira, a moral e a física, por exemplo. Então, trabalhamos com eles a Lei Maria da Penha e deixamos claro que os assédio emocional e verbal também são crimes e dão cadeia”.

Mariúva afirma que a intenção ao palestrar para homens é fazer deles parceiros: “A maioria das denúncias hoje é sobre ameaça e assédio psicológico, depreciando a mulher verbalmente. Então, queremos que eles conversem com seus colegas, agindo como multiplicadores na questão da prevenção”.

Ela ainda comenta sobre outros dados identificados na investigação: “A pesquisa também apontou que o horário em que as mulheres são mais agredidas é das 16h às 23 horas, que é o momento em que os homens chegam do serviço. E, muitas vezes, nesse período do dia a mulher sai de casa e não sabe para onde ir. Por isso, estamos levantando a bandeira por uma Delegacia da Mulher que funcione 24 horas e não apenas em horário comercial”. Segundo a presidente, já foi feita audiência pública e agora está sendo elaborado um documento com essa demanda a ser entregue ao Poder Público.

Qualquer entidade que deseje agendar uma palestra pode entrar em contato com o Conselho da Mulher que fica na Avenida Tiradentes 1.094 e cujo telefone é 3411-5005 onde também é possível fazer denúncias.

Outras formas de denunciar são na Delegacia da Mulher, que se localiza na Rua Armando Farjado 372, Vila Aurora, com telefone 3423-1754 ou, ainda, pelo 190 da Polícia Militar ou pelo número 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que eles redirecionam a ligação para a delegacia mais próxima do denunciante.

Fonte | Assessoria

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