Atualmente, a Energisa, concessionária de energia elétrica em Mato Grosso, lidera o ranking de reclamações no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) no estado. Sob acusação  de irregularidades, a empresa foi convidada a participar de uma audiência pública nesta terça-feira (15) e é alvo de um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa (AL-MT). Para o presidente da empresa, Riberto Barbanera, maior parte das queixas é injustificada.

Segundo Barbanera, a instauração da CPI foi recebida com surpresa pelo grupo. Para ele, boa parte dos problemas apontados pelos clientes é fruto de desinformação.

“Temos que de fato fazer um mea culpa, porque talvez nós da Energisa tenhamos falhado em não levar esclarecimento à população. O setor elétrico é complexo e cabe a nós que entendemos, explicá-lo até mesmo para a ALMT. Só que tudo evoluiu muito rápido. Em três dias passamos de audiência pública para instauração de CPI. É um grande transtorno, mas vamos mostrar toda a transparência da empresa”, afirmou.

Já presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (DEM), rebateu Barbanero afirmando que a empresa deveria estar mais atenta à numerosa quantidade de reclamações já registradas: “a CPI não deveria ser uma surpresa. Surpresa é para nós identificar que eles não estão atentos à insatisfação generalizada da população. Vamos dar a oportunidades deles fazerem as suas explicações. Mas há claramente um descaso com o consumidor de uma forma geral”.

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O presidente da Energisa chegou a afirmar que a regulação do setor não cabe à Assembleia, e sim à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), consideração que não foi bem recebida pelos parlamentares: “ele deveria ter mais respeito ao Parlamento e à população de Mato Grosso. A CPI tem importância e vai levar os resultados inclusive para a ANEEL, que vai estar conosco. Ele já está começando errado”, afirmou botelho.

Pesa sob a Energisa acusações de cobrança de valores abusivos, prestação de serviço de maneira inadequada, não ressarcimento de danos ao consumidor, baixa qualidade no atendimento ao cliente, irregularidades nas unidades consumidoras, etc. No ano de 2018 foram quase 6 mil reclamações registradas no Procon-MT.  Apenas no mês de setembro deste ano o número chegou a quase 5 mil.

Veja vídeo:
 

Fonte | PNB

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