Uma equipe policial que estava à paisana na porta de um banco em Água Boa, flagrou o servidor sacando o valor integral do benefício, que era de R$4.184,44, e entregando apenas R$920 à indígena beneficiária.

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça a prisão preventiva de um servidor terceirizado da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) de Água Boa, a 736 km de Cuiabá, que estaria se apropriando de salários-maternidade de indígenas que têm direito ao benefício.

Conforme o MPF, Lusimar Dias Coelho exigia valores de indígenas para auxiliá-los na obtenção do benefício previdenciário, cobrando valores que variavam de R$ 300 a R$ 500.

A Polícia Federal instaurou inquérito e Lusimar foi preso no dia 24 de setembro deste mês, após a confirmação que havia sido deferido benefício previdenciário de salário-maternidade a uma indígena.

Uma equipe policial que estava à paisana na porta de um banco em Água Boa, flagrou o servidor sacando o valor integral do benefício, que era de R$4.184,44, e entregando apenas R$920 à indígena beneficiária. Os policiais abordaram Lusimar e constataram que ele tinha guardado no bolso a outra parte do benefício previdenciário, ou seja, R$3.264,44.

Após ser preso, Lusimar declarou que entregou apenas R$ 920, pois era o valor descrito na primeira folha da documentação apreendida, para facilitar a explicação à indígena sobre o valor a que tinha direito. Ele disse que não se apropriou do restante do benefício previdenciário, apenas não teve tempo de entregar o restante à indígena.

A vítima prestou depoimento e disse que tem 4 filhos, sendo que o último ainda é bebê, não sabendo indicar a data em que nasceu. Ela disse que Lusimar a ajudou a obter o salário-maternidade e confirmou que o servidor havia sacado seu benefício previdenciário junto ao banco, entregou parte do valor sacado a ela e manteve parte para si.

Ela ainda disse que Lusimar cobra de R$ 200 a R$ 300, como forma de comissão, para ajudar a obter o benefício previdenciário, e sempre fica com valor maior do que o acordado. A vítima não soube informar qual o valor tinha direito a receber e que entregou parte dos R$ 920 a seu irmão, para ele comprar comida.

Fonte | G1

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