Assistente do professor de educação física foi demitido e afirmou que não pode ‘confirmar ou negar nada sobre esse caso’

O estudante de educação física Hudson Nunes, de 22 anos, suspeito de abusar sexualmente de duas crianças de três anos no Colégio Magnum, unidade Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte, afirmou em entrevista exclusiva à repórter da Itatiaia Amanda Antunes na tarde desta segunda-feira (7) que é inocente e está disposto a ajudar a Polícia Civil. O suspeito fazia estágio na instituição de ensino e teve o nome divulgado a pedido dele  e da defesa.

“Eu auxilio o professor na aula de educação física. A escola é extremamente rigorosa no quesito de segurança com as crianças, possui um circuito de segurança muito bom, com câmeras. Uma pessoa não conseguiria a ponto de entrar no colégio e fazer esse tipo de abuso sexual, muito menos eu”, ressalta.

Ele diz que tem sido ameaçado e sofrido com as acusações. “Estou disposto a ajudar com a investigação policial. Como parte docente, isso está doendo muito em mim. Uma criança que precisa de apoio. Não tenho culpa nenhuma nesse caso e não quero ser mais uma vítima de pessoas que sofrem acusação injustamente e pagam por isso pelo fato de ser uma pessoa humilde. Minha ficha é completamente limpa. Só eu sei o tanto que estou sofrendo, a minha família e os meus amigos.”

Hudson relata ter sido demitido na terça-feira passada (1º) com a alegação, por parte da escola, de que haveria corte de gastos. “Eu ficava me questionando porque eu fui mandado embora e nunca chegava a uma conclusão plausível porque um colégio rico como aquele, com uma estrutura daquela mandar um estagiário com uma bolsa de R$ 500 por mês embora. Essa informação [de possível estupro] chegou a mim por meio de boatos”, afirma.

Segundo o estudante, ele atuou profissionalmente em eventos de crianças. “Já trabalhei na festa dois anos consecutivos do diretor da escola. Isso me dá total confiança por parte deles”, conta.

A reportagem está aberta a ouvir pais dos alunos que teriam sido abusados.

Em nota, a escola afirmou que apoia as autoridades para que a verdade seja revelada.

Leia a íntegra:

Nossa direção foi procurada na última semana pelos pais de um aluno da educação infantil, os quais relataram que um colaborador, durante as atividades da escola de esportes, teria tido atitudes inadequadas com o filho do casal. Considerando que se trata de um fato que é investigado, o colaborador envolvido foi afastado de suas funções para auxiliar na transparência das apurações.

Uma reunião foi realizada na manhã desta segunda-feira com pais de alunos. Na ocasião, uma mãe mencionou ter feito um boletim de ocorrência na noite de domingo, 06/10. Diante da informação, a escola já agendou um atendimento com a família.

A instituição não foi procurada pelas autoridades competentes que apuram o caso, mas, em sua busca pela Justiça e para a elucidação dos fatos, a assessoria jurídica da escola foi orientada a entrar em contato com os referidos órgãos.

Vale ressaltar que toda a equipe do Colégio passa por criterioso processo de seleção e teste psicológico, por treinamento de integração para alinhamento de princípios e conduta, além de capacitação profissional continuada.

A escola possui ainda um programa de rede de acolhimento, por meio do qual são capacitados colaboradores para atuarem na prevenção, identificação e cuidado diante da alteração de comportamento dos alunos.

Após a reunião desta segunda-feira, a direção elaborou um pacote de medidas que será colocado em ação de forma imediata:

– Está à disposição dos pais e dos seus alunos o atendimento da Coordenação Pedagógica, concomitante ao serviço de psicologia, por meio de agendamentos individualizados.

– Será realizada uma revisão de todo o sistema de segurança eletrônica. A entrada de todos os banheiros terá monitoramento por câmeras.

– Cada banheiro da escola terá uma pessoa responsável pela fiscalização. 

– Todas as crianças da Educação Infantil continuarão a ser acompanhadas ao banheiro por uma monitora, que permanecerá no local junto com a fiscal de banheiro até que a criança seja acompanhada no retorno para a sala.

A instituição reforça que acredita e defende o princípio da Justiça e apoia as autoridades competentes para que a verdade seja revelada.

Fonte | Itatiaia

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