Condenação é referente às mortes da família de turistas que estava hospedada na pousada Nova Estância, em Brumadinho, no dia da tragédia

A justiça de Brumadinho, na Grande BH, condenou a mineradora Vale a pagar R$ 11,8 milhões de indenizações aos parentes da família de turistas que morreu no rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em janeiro deste ano.

A decisão foi assinada pelo juiz Rodrigo Heleno Chaves, nesta quarta-feira (18), mas o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) só publicou o despacho nesta quinta-feira (19).

Essa é a primeira ação em sentença individual movida contra a Vale em razão da tragédia, que deixou 270 mortos e desaparecidos dos irmãos Luiz Taliberti Ribeiro da Silva e Camila Taliberti Ribeiro; e da mulher de Ribeiro, Fernanda Damian de Almeida, que estava grávida. O bebê, Lorenzo de Almeida Taliberti, que ainda não havia nascido, também foi considerado como vítima do colapso.

Os familiares pediram a indenização por danos morais alegando que que sofreram “enormemente” com a morte de seus filhos, irmã, neto e sobrinho. Além da indenização, os parentes também reivindicaram o pagamento de seguro-saúde.De acordo com o TJMG, a família também queria que a Vale fosse obrigada a afixar fotografias com texto em homenagem aos mortos, nas entradas das sedes e filiais da mineradora, durante 20 anos. O texto também deveria ser lido nas reuniões de acionistas.

O juiz, contudo, negou o pedido de homenagem. Na decisão, Chaves alegou que a autorização poderia indicar tratramento diferenciado, já que beneficiaria apenas apenas quatro das 270 vítimas.

Ao determinar que a Vale pague a indenização de quase R$ 12 milhões, Chaves ressaltou que a família tinha direito à reparação pelo dano moral devido aos danos psicológicos causados pelas perdas. Vãos ser benefciados com os valores a mãe de Ribeiro e Camila, bem como a irmã e os pais da Fernanda.

R7 procurou a Vale para comentar a decisão, mas ainda não teve retorno.

Fonte | R7

Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)