Ao exercer o direito de ir e vir pertencente a todo cidadão, a Semana Nacional do Trânsito, que ocorre entre 18 e 25 de setembro, foca no comportamento adequado que tanto os condutores quanto os pedestres devem ter no tráfego. Este ano o tema adotado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para nortear suas ações é “No trânsito o sentido é a vida”, que também serviu de base para a campanha do Maio Amarelo, movimento que ocorre nesse mês com o objetivo de alertar as pessoas sobre os cuidados necessários para evitar tragédias como as que se têm atualmente, com acidentes no trânsito que resultam em sequelas, muitas vezes irreversíveis, ou mesmo, em mortes.

Organizada em Rondonópolis pela Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat), a Semana Nacional do Trânsito será aberta amanhã (18), às 8 horas, na Escola Sagrado Coração de Jesus, que fica na Avenida Cuiabá 1.073, Centro. O evento contará com a presença de autoridades e parceiros, como as Secretarias Municipais de Saúde e de Educação, a Secretaria Estadual de Educação, a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Rondonópolis, o Sest Senat, o Projeto Samuzinho, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal, a Autoescola Capacitar e a Moto Campo Honda.

Buscando uma mudança de atitude por parte de todos os atores do trânsito, desde condutores dos mais diversos tipos de veículos, como bicicletas, vans, automóveis, caminhões e ônibus, até passageiros e pedestres, para transformar as vias públicas em um ambiente tranquilo e seguro, a campanha visa conscientizar a população sobre condutas simples, mas que podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Dessa forma, será possível diminuir os números alarmantes de acidentes de trânsito que se contabiliza atualmente.

Uma triste realidade é revelada pelo Ministério da Saúde. Segundo os registros da Pasta, o trânsito mata, anualmente, 35 mil brasileiros só no local do acidente. Isso significa que, provavelmente, essa estatística atinge índices bem mais altos, se for contabilizada a quantidade de indivíduos que morrem depois de irem para o hospital. Num recorte maior, entre 2008 e 2017, o seguro por danos pessoais causados por veículos automotores (DPVAT) aponta cerca de 500 mil ocorrências fatais no trânsito e outras três milhões que resultaram em algum tipo de invalidez permanente.

Para o secretário de Transporte e Trânsito, Rodrigo Metello, esse cenário pode ser revertido: “Tudo é uma questão de comportamento e basta querer para assumir uma nova postura ao volante. A maioria dos acidentes é causada por imprudência, o que se traduz em falta de respeito em relação à sinalização e à velocidade permitida, entre outras condutas. Há, até mesmo, aqueles que dirigem sem habilitação, o que configura falta gravíssima”. Segundo o gestor, cortesia combina muito bem com direção: “Gentileza no trânsito é sempre bem-vinda e gera um ambiente de segurança e tranquilidade nas vias públicas”.

Integrando a campanha educativa do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a Semana Nacional do Trânsito é uma das ações definidas pela resolução 771/2019 do Contran, que teve início com o Maio Amarelo e continua até abril de 2020. Em 2019, a campanha destaca os cuidados com os mais vulneráveis no momento do deslocamento – pedestres, ciclistas e motociclistas.

Só para se ter uma ideia, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), no espaço de tempo que vai de 2009 e 2018, foram concedidas, em cifras, mais de R$4,5 milhões para indenizações do seguro DPVAT. Desse montante, R$3,2 milhões foram outorgados a motociclistas, que aparecem no topo do ranking de vítimas de trânsito. Ainda conforme o Denatran a frota de motocicletas no Brasil é de, aproximadamente, 26 milhões, o que corresponde a 27% da frota nacional. No entanto, 75% dessas indenizações são pagas às motos.

Diante desses dados, Metello ressalta a condição de vulnerabilidade do condutor de moto, que fica totalmente exposto: “Não se pode esquecer que, em caso de acidente, o motociclista é a parte mais frágil e será o mais atingido já que a moto não tem para-choque, então, o próprio corpo dele será o para-choque”. O secretário ainda alerta: “Os motociclistas devem andar com o capacete e acessórios de segurança e manter a revisão da moto sempre em dia para que ela esteja em boas condições de trafegabilidade. Além disso, é preciso que eles estejam atentos às normas de segurança e lembrem que moto é para duas pessoas e, quando essa segunda pessoa for uma criança, é preciso que ela tenha, pelo menos, sete anos”.

Fonte | Assessoria
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