É muito comum ouvir a máxima de que vinho velho é sempre melhor. Mas isso não é uma regra. Existem muitos fatores para considerar ao envelhecer um vinho. Hoje em dia, há poucos rótulos que merecem serem guardados por muito tempo. A maior parte deles são fabricados para consumo imediato. Pensando nisso, separamos três curisosidades que você precisa saber sobre envelhecimento de vinho. Confira!

Brancos também envelhecem?

Vinhos brancos, via de regra, são os que precisam ser consumidos mais rapidamente, pois – já que não possuem uma estrutura de taninos tão forte – não conseguem resistir ao tempo. Contudo, alguns brancos podem, sim, ser guardados. No caso, o principal fator para saber se eles devem ou não aguentar bem o envelhecimento passa a ser a acidez. Alguns dos principais vinhos brancos do mundo – como os melhores Chablis, por exemplo – possuem uma relação de acidez e fruta suficiente para suportar uma ou mais décadas de guarda.

Amadurecer ou envelhecer?

Você sabia que os vinhos AMADURECEM nas barricas de madeira e ENVELHECEM nas garrafas e não o contrário? A barrica muitas vezes funciona como parte da composição da estrutura de um vinho, agregando aromas, lapidando a cor e refinando taninos e acidez. Já na garrafa o vinho estabiliza, arredonda, evolui dentro de si mesmo, sem nenhuma outra substância a não ser as que já estão lá e uma mínima (mínima mesmo) quantidade de oxigênio que pode passar pela rolha de cortiça. É nesse momento que é essencial preservar a temperatura e conservar o vinho fora da luz, para que ele não estrague antes da hora.

Qual o gosto do vinho envelhecido?

Antes de decidir por envelhecer um vinho, você precisa conhecer o seu próprio paladar para ver se é isso mesmo o que quer daquela bebida. Um vinho jovem geralmente terá bastante força nos aromas e no corpo, com muito tanino, acidez e fruta. Se você gosta desta opulência, talvez não vá conseguir apreciar um vinho mais velho, pois, com o tempo, a tendência que é ele se torne mais delicado, com aromas mais sutis, taninos mais macios e um pouco menos de frescor do que quando jovem.

Fonte | Revista Adega

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