Psicólogo explica quais são as motivações de quem termina um relacionamento via celular: “Muitos têm dificuldade de enfrentar a decisão”

A novela protagonizada por Pedro Scooby e Anitta ganhou mais um capítulo, e desta vez nem precisou das polêmicas de Luana Piovani para dar o que falar. O surfista surpreendeu o público ao revelar que o término do relacionamento se deu por telefone: “Ela ligou e falou que acabou.”

Em tempos de relações cada vez mais dependentes de tecnologia, se celebridades confessam ter levado um fora pelo celular, o mesmo acontece com quem é “gente como a gente”. Foi o caso de Regina Machado. Com 33 anos, a advogada estava em um relacionamento havia 6 meses quando o ex começou a desmarcar os compromissos que tinham e simplesmente desapareceu. “Passei semanas sem receber notícias dele, até que recebi uma ligação toda chorosa, com a desculpa patética de que eu era apaixonante, mas que estava passando por um momento difícil e não poderia me dar o que eu mereço. Acho que foi covardia, para não ter que enfrentar a relação. ”

Segundo Ricardo Lima, psicólogo clínico e coordenador do projeto Encontros & Reencontros, nem sempre a atitude de terminar à distância vem de uma postura covarde. “Muitas pessoas têm dificuldade de assumir decisões, especialmente as que levam o outro ao sofrimento. Mas também pode ser um sinal de como o casal já tratava o relacionamento.” Para o especialista, este formato de rompimento pode indicar que a comunicação entre os dois já era frágil.

De acordo a empresária Samanta Martins, de 27 anos, terminar a relação via WhatsApp foi a única possibilidade que encontrou, uma vez que o ex-namorado com quem passou cinco meses estava fugindo de uma conversa definitiva. “Perguntei pessoalmente diversas vezes se estávamos bem e ele respondia que sim, que eu estava louca. Até que ele começou a ficar distante nas mensagens e, dias mais tarde, entrou em contato comigo para dizer que não estava envolvido o suficiente e que achava que estava apaixonado por uma moça com quem nunca teve nenhum tipo de envolvimento. Resolvi terminar por mensagem mesmo. ”

Apesar dos detalhes do término revelarem a qualidade da relação como um todo, o psicólogo explica que não é isso que define como cada um enfrenta o rompimento: “Depende muito de como cada pessoa tolera as frustrações e é capaz de rever as expectativas dentro e fora das relações amorosas. O formato não é decisivo. ”

Para Samanta, o fim da relação não deixou grandes traumas. A empresária diz que gostaria de ter tido “uma última conversa para falar sobre os desconfortos do namoro”, mas admite que encontrou um certo conforto na impessoalidade do término. “Nunca mais nos falamos, nem nos encontramos. Mas o ótimo foi justamente ninguém precisar encarar ninguém”

Fonte | R7

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