O professor e escritor Jerry Mill, Mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), membro-fundador da Academia Rondonopolitana de Letras (ARL) e presidente da ALCAA (Associação Livre de Cultura Anglo-Americana), lança esta noite, a partir das 20h30, sua 11ª obra, a edição revisada e ampliada do livro Inglês de Fachada, originalmente lançado em 2007. O lançamento será na sede do Rotary Club de Rondonópolis, localizada na Rua José Salmen Hanze, 471, na Vila Birigui, perto da Santa Casa, onde será servido um minibanquete.

Aparecem na publicação, em ordem alfabética, uma longa lista de palavras que podem ser vistas nas fachadas dos estabelecimentos comerciais da cidade, seguidas da sua definição ou explicação e, quando preciso, sua tradução e pronúncia. O livro tem 56 páginas e, segundo o autor, tem a intenção de contribuir mais uma vez com um campo extremamente carente na cidade e região: o estudo linguístico centrado em línguas estrangeiras.

De acordo com Jerry Mill, por causa de questões pessoais e profissionais, entre pausas e retomadas, foi necessário quase um ano para concluir a coleta, seleção e tabelamento dos dados, consulta a dicionários, sites e blogs, além de horas e horas dedicadas à redação, escolha de cliparts e fotos, revisão, diagramação e checagem final. “Quem vê um livro pronto nem sempre faz ideia do trabalhão que ele dá para ficar pronto. O mais importante é que, apesar dos percalços e imprevistos, conseguimos finalizar uma obra enxuta e atraente, com muita informação e destinada a pessoas de todas as idades, seja como fonte de consulta ou meio de entretenimento”, disse.

DOZE ANOS

Com relação às mudanças ocorridas nesse hiato de mais de uma década, desde a publicação da obra original, o acadêmico comentou que, como esperado, o número de palavras existentes nas fachadas das lojas e empresas da cidade quase que triplicou, havendo muitos motivos para a ocorrência desse fenômeno, dentre os quais está o evidente aumento do número de empresas na cidade influenciadas pela presença da língua inglesa nas diversas formas de mídia e de interação social, bem como nos produtos que elas comercializam. “Claro que fatores ideológicos e utópicos permeiam esse querer explícito da população local ao usar a língua inglesa para satisfazer seus desejos pessoais e coletivos, mas o fato é que, historicamente, ela não nos foi imposta, como ocorreu com a língua portuguesa. O idioma bretão se fez primeiro importante e só depois indispensável no Brasil e no mundo por causa do poderio comercial, econômico, tecnológico e cultural primeiramente do Império Britânico e depois dos Estados Unidos e o conhecidíssimo way of life (modo de vida) de seus cidadãos. Prova disso é que muitas das nossas lojas viraram shops ou stores e dizer shopping center já nos é tão familiar quanto o nosso arroz com feijão, isso quando eles não são substituídos por um ou outro tipo de hamburger”, avaliou.

CURIOSIDADES

No livro, de acordo com o autor, aparecem desde palavras de fácil entendimento e tradução como bank, music e van, bem como aquelas que não costumam ser traduzidas, caso de Internet, marketing e zoom. Além delas, estão na obra também palavras como Botox, drone e motel. “Desta vez, aparecem ainda verbetes como Facebook e outras redes sociais, app e Wi-Fi, termos estes intimamente ligados ao campo da tecnologia, esse bem industrial e cultural tão presente no nosso cotidiano, cuja influência no nosso modo de pensar e agir é inegável”, acrescentou.

TÍTULO DO LIVRO

Jerry Mill ressaltou que o título Inglês de Fachada tem, intencionalmente, duplo sentido, pois serve para evidenciar, de um lado, o seu sentido literal (o inglês que pode ser efetivamente visto e lido nas fachadas) e, por outro lado, a comprovada incapacidade do brasileiro de se comunicar adequadamente na lingua franca do momento, mesmo depois de anos e anos dedicados ao estudo do idioma. “O título também se refere a esse inglês para inglês ver, para enrolar, para enganar a si próprio e aos outros, também conhecido como embromation, um sinônimo adequado para entendê-lo, afinal não saber a pronúncia e o significado de certas palavras é até compreensível, mas muitas outras, absurdamente comuns e onipresentes no nosso cotidiano, bem que mereciam um tratamento melhor. Não deveriam ser de fachada!”, acrescentou.

NOVOS PROJETOS

O acadêmico adiantou que tem alguns projetos literários para os próximos anos. Dentre eles estão lançar um livro de crônicas centradas no universo do Rotary Club (do qual ele é associado honorário), escrever mais uma biografia sobre uma influente personalidade do município (a primeira foi sobre o rotariano Lamartine da Nóbrega, o primeiro presidente do União Esporte Clube) e transformar a sua dissertação de mestrado em uma obra de alcance estadual e, quem sabe, até mesmo nacional. “Infelizmente, nem tudo acontece quando e como a gente deseja, mas planejar é preciso.”

AGRADECIMENTOS

Jerry Mill aproveitou para agradecer empresas e empresários que contribuíram com mais esta obra, bem como à Mega Gráfica (ligada ao grupo A Tribuna) pelo ótimo trabalho realizado e ao presidente 2019-2020 do Rotary Club de Rondonópolis, Reinaldo Alves de Aguiar, pelo apoio incondicional a mais este projeto cultural.

OUTRAS OBRAS DO AUTOR

* Colocar as capas, que o Wendell tem. *

1. Inglês de Fachada

2. Inglês no A Tribuna

3. Investindo no Inglês: Boys

4. Investindo no Inglês: Girls

5. Inglês Crônico

6. Inglês no A Tribuna 2

7. Poetalma Poematal

8. Homo Rotarius

9. Inglês no A Tribuna 3

10. Lamartine da Nóbrega: Uma História Como Nenhuma Outra

DADOS DA OBRA

Título: Inglês de Fachada

Autor: Jerry Mill

Páginas: 56

Impressão: Mega Gráfica

Preço: 15 reais

 

Fonte | Assessoria

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