São desperdiçados frutas, legumes e verduras que não foram vendidos e não têm mais valor comercial, porém, muitos produtos poderiam ser aproveitados.

Entre duas e três toneladas de alimentos vão para o lixo todos os dias na Central de Abastecimento de Cuiabá, enquanto quase um bilhão de pessoas passam fome no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

São desperdiçados frutas, legumes e verduras que não foram vendidos e não têm mais valor comercial, porém, muitos produtos poderiam ser aproveitados.

A presidente da Associação dos Permissionários da Central de Abastecimento, Marilda Giraldelli, se diz indignada.

“O pessoal daqui doa antes de ir para o lixo, mas chega uma hora que está na hora da limpeza e não tem ninguém que tenha horário e vai para o lixo. E, outra (questão), tem produtores que vai vender a mercadoria, não vende tudo e tem que ir embora. E o que ele faz? Joga no lixo”, explicou.

Ela afirmou já ter pedido que a Prefeitura de Cuiabá construa um espaço para funcionar um banco de alimentos. Já existe um projeto.

Enquanto o banco de alimentos não é realidade, a Central tenta ajudar as instituições que pedem doação. Trinta e seis já estão cadastradas, ou seja, pelo menos uma parte dos alimentos que iria para o lixo acaba sendo aproveitada. Banana com a casca escurecida não dá para vender, mas para comer.

Projeto Mesa Brasil faz o trabalho de coleta, seleção dos produtos próprios para o consumo e distribuição — Foto: TVCA/Reprodução

Projeto Mesa Brasil faz o trabalho de coleta, seleção dos produtos próprios para o consumo e distribuição — Foto: TVCA/Reprodução

Outro banco de alimentos, que já funciona há 16 anos no Sesc, ajuda na alimentação de pessoas assistidas por quase 100 instituições na Baixada Cuiabana.

Os produtos são provenientes de supermercados e atacadistas de alimentos parceiros do projeto Mesa Brasil.

A coordenadora do projeto, Tatiana Dalmaz, disse que diariamente é feita a coleta, com caminhões do Mesa Brasil e os funcionários fazem a seleção dos produtos próprios para o consumo.

“Nós fazemos toda a distribuição de alimentos e no período da tarde as pessoas fazem a retirada das doações. Nós temos nutricionistas e assistentes sociais que fazem todo o trabalho de capacitação, com cursos, oficinas e palestras, com os gestores e com os manipuladores de alimentos das entidades, ou seja, elas são capacitadas para receber esses alimentos”, afirmou.

Sobre o banco de alimentos da capital, a Prefeitura de Cuiabá informa que o projeto tinha recursos federais, mas foi encerrado na última gestão e que agora não há recursos do governo federal disponíveis para este programa. A atual gestão estuda uma maneira de retomar a ação.

Fonte | G1

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