Categoria também arrecadou recursos para auxiliar servidores que tiveram os pontos cortados e estão sem salários, em razão da paralisação.

Os servidores da educação, que estão em greve há 54 dias, fizeram um protesto, nesta sexta-feira (19), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Os manifestantes se reuniram na Praça Brasil, no Centro, e percorreram algumas das principais avenidas da cidade. Eles caminharam com faixas e bandeiras com palavras de ordem.

Os professores exigem o cumprimento da Lei 510 de 2013, que assegura a dobra do poder de compras dos salários, a convocação dos aprovados no concurso público, reforma das escolas em condições precárias e aplicação de leis que asseguram recursos para a educação.

O governador Mauro Mendes (DEM) alega que o reajuste reivindicado pela categoria pode estourar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, por isso não pode conceder o aumento.

A manifestação em Rondonópolis reuniu cerca de 50 professores. Segundo João Eudes, presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), o governo do estado cortou os salários dos professores que estão em greve e, por isso, estão protestando. A categoria arrecadou recursos para os profissionais que estão sem renda.

“Estamos na rua denunciando o corte dos salários e solicitando donativos para apoiar os servidores que não estão recebendo salário em razão da paralisação”, comentou.

Profissionais reivindicam reajuste de salários. — Foto: Reprodução/TVCA

Profissionais reivindicam reajuste de salários. — Foto: Reprodução/TVCA

Confusão da ALMT

Na quinta-feira (18), numa sessão realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em Cuiabá, houve uma confusão na porta do plenário, porque profissionais da educação foram impedidos de entrar e acompanhar a votação.

Enquanto os deputados estavam reunidos no plenário para votar o projeto de revisão dos incentivos fiscais e tributos. Do lado e fora, houve um desentendimento entre seguranças e servidores.

Desde a semana passada, vários representantes da educação estavam acompanhando as sessões, inclusive fazendo barulho na tentativa de impedir as votações e fazer com que, tanto governo quando deputados dessem atenção às reivindicações da categoria.

De acordo com o presidente estadual do Sintep, Valdeir Pereira, os parlamentares não estão cumprindo o compromisso assumido com a categoria.

Por meio de nota, a ALMT informou que a situação não aconteceu e que os grevistas teriam sido impedidos de entrar no plenário pois não é permitido.

Fonte | G1

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