Segundo a polícia, ele publicava fotos com distintivos e armas nas redes sociais. Ele foi preso na noite desta sexta-feira (7), em um churrasquinho.

Um homem de 36 anos, que fingia ser delegado da Polícia Civil, foi preso, na noite desta sexta-feira (7), em Guarapari, no Espírito Santo. Segundo a polícia, Weber Felizardo Alvim dizia atuar na Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (Siae) e exibia fotos com distintivos e armas nas redes sociais. Ele foi autuado por falsificação de documento público e posse ilegal de munição de uso permitido e será encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.

Weber foi descoberto após a polícia ter conhecimento de que ele se identificava como delegado entre amigos e conhecidos, dizendo que era da turma de 2013 dos delegados da Polícia Civil do Espírito Santo e que, atualmente, estava lotado na Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (Siae) da PC.

Nas redes sociais, ele publicava fotos com distintivos e armas. Chegou a postar a foto de um distintivo com uma dedicatória do Guilherme Daré, datada de 31 de maio deste ano. A suposta dedicatória dizia “Ao amigo delegado uma lembrança do estimado e honrado colega e amigo chefe, dr. Daré. Força e honra aos nossos”. Porém, o chefe da Polícia Civil é José Arruda, desde o início deste ano.

Após constatar que não havia registros sobre ele nos quadros da Polícia Civil, os delegados foram até um churrasquinho onde o suspeito estava. No local, mesmo diante da polícia, o homem manteve a mentira. Porém, demonstrou insegurança quando perguntado sobre os locais onde já havia atuado.

Uma das mentiras foi dizer ao delegado Marcos Nery que foi plantonista da regional de Vitória entre os anos de 2014 a 2016. Como Nery já trabalhou no plantão de Vitória, percebeu que o suspeito mentia.

Além disso, quando o delegado pediu a identificação dele, o suspeito apresentou uma carteira funcional falsificada. Ele também portava um simulacro de arma de fogo e um distintivo.

No apartamento dele, a polícia encontrou uma pistola de airsoft, uma espingarda de chumbinho, um simulacro de fuzil, duas capas de colete, gandola com tarja de delegado, distintivo da Polícia Civil e facas táticas.

O suspeito também tinha em casa documentos falsificados, como diploma de conclusão de curso de delegado, curso de capacitação em fuzil, diploma de aprovação de curso expedido pela Secretaria de Segurança Pública e com assinatura do ex-secretário André Garcia.

Na casa do suspeito, polícia apreendeu diplomas, armas e coletes — Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Na casa do suspeito, polícia apreendeu diplomas, armas e coletes — Foto: Divulgação/ Polícia Civil

À polícia, o suspeito alegou que se sentia frustrado por não ter sido aprovado e que passou a mentir pra família e amigos, que o seu sonho sempre foi ser policial.

Defesa

De acordo com o advogado Leonardo Braga, Weber prestou o último concurso da Polícia Civil, não foi aprovado e passou a mentir porque ficou frustrado.

“Ele criou isso e veio sustentando isso até agora. Mas não usava dessa invenção para a prática de outros crimes ou para obter vantagens ilícitas. Era mais pelo ego, auto estima”, disse o advogado.

Não foi arbitrada fiança e a defesa disse que vai tentar a liberdade provisória para Weber.

Suspeito foi preso por se passar por delegado, em Guarapari — Foto: Fábio Linhares/ TV Gazeta

Suspeito foi preso por se passar por delegado, em Guarapari — Foto: Fábio Linhares/ TV Gazeta

Fonte | G1

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