A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por 60 dias nas investigações contra o deputado federal Carlos Bezerra (MDB) por suposta fraude na licitação de obras no aeroporto de Rondonópolis. Está sendo apurado um superfaturamento estimado em R$ 7,5 milhões. O emedebista está de licenciado do cargo.

O pedido foi encaminhado ao ministro Luiz Fux, no último dia 29 de maio. O inquérito é o único da Operação Ararath que permaneceu no STF após Fux desmembrar os demais casos para instâncias inferiores.

De acordo com o delegado Nelbe Ferraz de Freitas, a investigação está avançando, “porém ainda é necessário completar o recebimento das informações bancárias criando condições para a perícia”.

A PF ainda diz que aguarda o recebimento de documentação da Secretaria de Infraestrutura e Logística  do governo de Mato grosso.

“Diante da impossibilidade de conclusão da investigação até a presente data, considerando as justificativas já expostas, solicito a concessão de dilação de prazo por 60 dias para prosseguimento das investigações”, diz trecho do despacho.

As investigações iniciaram na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), onde se apurou a prática de crimes contra a administração envolvendo a empresa privada Ensercon Engenharia Ltda.

Porém, a remessa à Suprema Corte ocorreu após a delação do ex-governador Silval Barbosa, que revelou ao Ministério Público Federal (MPF) empréstimo ilegal junto à empresa Ensercon. O retorno dos valores seria quitado por meio de recursos públicos, nas obras do aeroporto.

Constam como investigados, além de Bezerra: José Carlos Ferreira da Silva, o ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Cinésio Nunes de Oliveira, o ex-superintendente de obras e transportes, Tércio Lacerda de Almeida, o representante legal da empresa Ensercon, Marcílio Ferreira Kerche, Edmar Alves Botelho, Esmeraldo Teodoro de Mello e o engenheiro Pedro Maurício Mazzaro.

Além das delações do ex-governador Silval Barbosa, também estão anexadas as delações do ex-secretário Pedro Nadaf e da empresária Marilene Ribeiro.

Fonte | Gazeta Digital

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