Eduardo alegou que sofre de esquizofrenia desde 2000 e que possui “passado ilibado, não possuindo antecedentes criminais”, além de ter um filho menor de 12 anos.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Rui Ramos negou o pedido de liberdade feito pela defesa de Eduardo Coutinho, acusado de envolvimento em uma organização criminosa comandada pelo empresário Frederico Muller Coutinho. A decisão é dessa segunda-feira (3).

Eduardo alegou que sofre de esquizofrenia desde 2000 e que possui “passado ilibado, não possuindo antecedentes criminais”, além de ter um filho menor de 12 anos.

Conforme a defesa, “a doença poderá se agravar em caso de constrição em local pequeno, como uma cela, podendo desencadear surtos e piora do quadro clínico”.

No voto, o desembargador Rui Ramos salientou que a prisão cautelar encontra arrimo na garantia da ordem pública, garantia da instrução processual penal e garantia de aplicação da lei penal, ante a necessidade de resguardar a integridade física ou psíquica das testemunhas, haja vista que, em tese, haveria a possibilidade de utilização de métodos brutais para intimidar eventuais testemunhas.

Eduardo foi preso no último dia 30, quando se entregou na sede do Grupo de Combate ao Crime Organizado, em Cuiabá, com seus advogados. Ele teve o mandado de prisão expedido nessa quarta-feira (29) durante a Operação Mantus.

Eduardo é acusado de envolvimento em uma organização criminosa comandada pelo empresário Frederico Muller Coutinho.

Segundo a denúncia que culminou no pedido de prisão, Eduardo seria responsável pelo recolhimento do dinheiro do jogo do bicho na região de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

Duas organizações criminosas brigavam entre si em Mato Grosso. Uma seria comandada por Frederico e a outra por João Arcanjo Ribeiro. Ambos também foram presos.

Operação Mantus

A Operação Mantus foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e pela GCCO para o cumprimento de mandados expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado.

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões.

Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.

Fonte | G1

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