A Vale informou em nota que na madrugada desta 6ª feira (31) fragmentos do talude norte de uma das paredes da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), se desprendeu. A Barragem Sul Superior, a 1,5 km da mina, não foi afetada e continua sendo monitorada.

“Esses blocos se acomodaram no fundo da cava. As primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências”, diz a nota.

Após a identificação do aumento da movimentação do talude, no fim de abril, a Vale, a Defesa Civil de Minas Gerais e a ANM (Agência Nacional de Mineração) temiam que o talude caísse bruscamente. Em 1 cenário mais grave, isso poderia provocar o rompimento da Barragem Sul Superior.

A barragem é do mesmo tipo da que rompeu-se em Brumadinho, em 25 de janeiro.

Caso haja o rompimento da barragem, áreas rurais e urbanas das cidades de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo serão inundadas com rejeitos de mineração.

De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, o rompimento pode ainda resultar em uma nova contaminação na bacia do Rio Doce, atingido pela tragédia de Mariana (MG) em 2015.

Eis a área da Mina de Gongo Soco:

Desde 8 de fevereiro, cerca de 500 moradores da zona de auto salvamento – área onde não é possível realizar resgate imediato pela Defesa Civil  –  deixaram suas casas. Nas zonas de segurança, os moradores só devem deixar a região caso a barragem se rompa.

A ANM interditou o complexo da mina em 17 de maio. A Vale e a Defesa Civil já fizeram 2 simulados de emergência. Também foi feito 1 mapeamento da área que pode ser atingida em caso de rompimento da barragem e dos pontos de encontro a serem utilizados pelos moradores.

Eis a íntegra da nota da Vale:

“A Vale informa que identificou ao longo da madrugada desta sexta-feira, 31/5, o desprendimento de fragmentos do talude norte da cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG). Esses blocos se acomodaram no fundo da cava. As primeiras avaliações indicam que o material está deslizando de forma gradual, o que até o momento corrobora as estimativas de que o desprendimento do talude deverá ocorrer sem maiores consequências.

A cava e a barragem Sul Superior, que fica a 1,5 km da mina, seguem com monitoramento 24 horas por dia de forma remota, com o uso de radar e estação robótica capazes de detectar movimentações milimétricas, além de sobrevoos com drone. A barragem está em nível 3 desde 22 de março e a Zona de Autossalvamento (ZAS) já havia sido evacuada preventivamente em 8 de fevereiro.

A Vale reitera que manterá a comunidade de Barão de Cocais informada da situação.”

Fonte | Poder 360

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