O avião foi apreendido após a Operação Imperador, na qual Riva foi condenado a 26 anos e sete meses de prisão por formação de quadrilha e desvio de dinheiro praticado na ALMT entre os anos de 2005 e 2007.

Uma das aeronaves da família do ex-deputado José Geraldo Riva, um avião Prefixo PR-MSP, modelo PA-31T2, Piper Aircraft, TPP, ano 1982, passa a ser utilizado pelo Comando Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) por determinação da Justiça. A decisão é da juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá e foi proferida na última quinta-feira (4).

O avião foi apreendido após a Operação Imperador, na qual Riva foi condenado a 26 anos e sete meses de prisão por formação de quadrilha e desvio de dinheiro praticado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) entre os anos de 2005 e 2007.

A mulher do ex-deputado, Janete Riva, também é ré na ação.

O Ministério Público Estadual (MPE) manifestou-se favoravelmente ao pedido para utilização da aeronave apreendida, mantida sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), se assegurando da adoção das medidas cabíveis a fim de observar a necessidade de conservação do bem para evitar sua deterioração.

Operação Imperador

A Justiça apontou um esquema implantado na Assembleia Legislativa, sendo encabeçado por Riva e executado mediante fraude de contratos licitatórios firmados com empresas de fachada para aquisição simulada de material de expediente e artigos de informática.

Conforme consta no processo, as empresas que simulavam a entrega dos materiais recebiam o percentual de 20% do dinheiro desviado. O restante, cerca de 80%, retornava para os réus.

Trajetória

O ex-parlamentar retirou-se da vida pública em fevereiro de 2015, após cinco mandatos consecutivos como deputado estadual. Na ALMT, ocupou os cargos de presidente e primeiro-secretário da Mesa Diretora.

Em 2014 chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a Operação Ararath e passou três dias atrás das grades. Meses depois, tentou candidatar-se ao governo do estado, mas teve o registro cassado em função da Lei da Ficha Limpa. No lugar dele concorreu a mulher, Janete Riva, que perdeu a eleição.

Em 2015, ele voltou a ser preso durante as operações Ventríloquo e Metástase, também acusado de desvio na ALMT, mas foi solto após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele mesmo ano, o Conselho Deliberativo do extinto Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) da ALMT aprovou o pagamento de pensão vitalícia ao ex-deputado.

Em março de 2017, Riva foi condenado a 21 anos e oito meses de prisão por desvio de R$ 5,4 milhões, em valores corrigidos, da ALMT por meio de uma empresa de fachada. A decisão também foi proferida pela juíza Selma Arruda. Essa foi a primeira condenação penal dele pelos crimes que foram investigados durante a operação Arca de Noé, da Polícia Federal.

Dois meses depois, ele foi novamente condenado pela juíza Selma Arruda, dessa vez a 22 anos e quatro meses de prisão, por desvio de dinheiro do Legislativo mato-grossense. A fraude ocorreu por meio de uma factoring de propriedade do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Fonte | G1

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