Sixto é suspeito de ter dado outros golpes fora de Mato Grosso

O empresário dono de uma garagem de veículos em Cuiabá, denunciado por não pagar aos donos pela compra de veículos de luxo, admitiu ter enganado clientes. Marcelo Sixto Schiavenin, que se dizia especialista em esportivos de luxo, abriu a loja em 2015 e fechou o empreendimento no final do mês de março.

Donos de carros de luxo deixavam veículos à venda na loja. Marcelo vendia e ficava com uma comissão de 4%. Mas em outubro do ano passado, ele começou a não pagar aos donos dos carros. A loja fechou as portas no fim da tarde do dia 27 de março. Na manhã seguinte, os carros tinham desaparecido.

Ele promovia e organizava visitas a museus de carro com clientes. Era parte da estratégia para cativar os clientes.

“No mesmo dia que ele decretou a falência foi o dia que ele vendeu meu carro”, disse um cliente do empresário, o advogado Macgveyver Santos Rocha. Ele perdeu um carro avaliado em R$ 300 mil.

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Marcelo entrou na justiça alegando falência e dívida de R$ 11 milhões. Ele apresentou uma lista com o nome de 48 pessoas que tiveram os carros vendidos e não receberam o dinheiro.

Marcelo admitiu que enganou os clientes, segundo o advogado dele, Elvis Antônio Klauk Júnior. “Em momento algum tiveram a intenção de enganar as pessoas com o objetivo principal de ficar com o dinheiro. Em alguns momentos sim, até enganaram, mas não para pegar o dinheiro, mas para realizar um negócio e tentar fazer o negócio rodar e ver se conseguia salvar a empresa. Lamentavelmente as pessoas foram enganadas. Isso está confessado, todos eles confessam isso”, afirmou o advogado do empresário.

Marcelo já agiu da mesma forma no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 2012 ele dirigia uma loja de turismo e outra de carros em Pato Branco, no Paraná, em nome da ex-mulher dele.

Ele é acusado de não repassar dinheiro a operadoras de turismo e de vender veículos e não entregar o dinheiro aos donos. Ele chegou a ser preso, mas foi absolvido por falta de provas. A ex-mulher dele disse que pagou R$ 2 milhões em dívidas. Segundo o delegado Mário Resende, o empresário foi indiciado por estelionato e apropriação indébita.

Fonte | G1

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