Avalone Júnior assumiu o cargo de deputado estadual após renúncia de Guilherme Maluf

A juíza do Tribunal Regional Eleitoral, Vanessa Curti Perenha Gasques, intimou três testemunhas para uma audiência no âmbito de uma representação que apura um suposto gasto ilícito do empresário e deputado estadual Carlos Avalone Júnior (PSDB). A ação ainda terá algumas fases na Justiça Eleitoral, mas caso seja julgada procedente Avalone corre o risco de ser cassado.

Em despacho do último dia 20 de março, Vanessa Curti Perenha Gasques intimou Dêner Antonio da Silva, Rosenildo do Espírito Santo Bregantini e o fiscal da prefeitura de Cáceres (222 km de Cuiabá), Luiz da Guia Cintra de Alcântara. O dia, local e hora do ato judicial ainda será definido pelo juiz da 6ª Zona Eleitoral de Cáceres. “Esclareço que o Juízo Ordenado deverá apenas comunicar às partes e a este Juízo Ordenante o dia, local e horário da audiência a ser realizada, sendo desnecessária qualquer comunicação endereçada às testemunhas, pois estas comparecerão independentemente de intimação, sendo obrigação das partes apresentá-las em audiência”, diz trecho do despacho.

Avalone sofre uma representação eleitoral em decorrência da campanha eleitoral de 2018. Ele assumiu o mandato em definitivo após o deputado estadual eleito Guilherme Maluf (PSD) tornar-se conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

O empresário teve o nome envolvido numa apreensão da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Poconé (100 km de Cuiabá). Segundo informações da PRF, um veículo Gol, de cor prata, foi abordado no quilômetro 560 da BR-070, na região de Poconé.

No interior do veículo, os agentes abordaram dois suspeitos, que estavam com R$ 89,9 mil em dinheiro vivo, além de vários santinhos do então candidato a deputado estadual Carlos Avalone. O “flagrante” foi feito no dia 4 de outubro de 2018.

A ação era parte de uma operação da PRF realizada em Poconé. Os suspeitos foram levados à sede da Polícia Federal em Cuiabá.

Questionados pelos policiais rodoviários federais sobre a origem dos recursos, a dupla entrou em contradição. Um deles disse que o montante era relativo à venda de uma moto e o outro afirmou que se tratava do pagamento de cabos eleitorais no município de Cáceres.

Carlos Avalone disputou as eleições de 2018 para o cargo de deputado estadual de Mato Grosso, obtendo 14.263 votos. Ele não conseguiu se eleger, e ficou como 1º suplente do seu colega de partido, Guilherme Maluf (PSDB), reeleito na AL-MT com 29.959 votos. Avalone, porém, tomou posse no dia 1º de março deste ano após Maluf renunciar ao cargo de deputado para assumir uma cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).

Fonte | Folhamax

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