O ex-funcionário afirmou ainda que nunca trabalhou dentro da Câmara Municipal de Cuiabá, que jamais assinou folha ponto e que aguardava as ordens em sua própria casa ou pescando na chácara de propriedade do vereador.

O ex-vereador por Cuiabá, Edivá Pereira Alves, foi condenado pela Justiça por contratar o caseiro que trabalhava em sua fazenda como assessor parlamentar.

O juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada Ação Civil Pública e Ação Popular, determinou o bloqueio de R$ 109.408,46 das contas de Edivá. A decisão é do dia 13 de março.

Conforme a ação, o funcionário Valdecir Dias Xavier declarou que seu trabalho era conduzido por Edivá e que consistia em dirigir o veículo particular do então vereador, realizando diversas atividades corriqueiras de acordo com ordens diretas de Edivá.

Ele afirmou ainda que nunca trabalhou dentro da Câmara Municipal de Cuiabá, que jamais assinou folha ponto e que aguardava as ordens em sua própria casa ou pescando na chácara de propriedade do vereador, situada em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá.

O Ministério Público Estadual (MPE) afirmou que as atividades desempenhadas por Valdecir Dias Xavier não deixam dúvidas de que ocorreu desvio de função no exercício do cargo público, pois, como assessor parlamentar não poderia desempenhar a função de motorista e “faz-tudo” pessoal do vereador, mas sim atividades de rotina administrativa no interior do gabinete, tais como realizar atendimento ao público, acompanhar as proposições do legislativo e elaborar relatórios.

Conforme a ação, o desvio de função nas atividades do assessor parlamentar foi de grande proveito a Edivá, que obteve os serviços de um funcionário para atender aos seus interesses sem pagar salário a ele, haja vista que a remuneração do empregado era paga diretamente pelos cofres públicos.

Fonte | G1

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