O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) determinou nesta quarta-feira (13) que voltem a ser presos onze funcionários da Vale, investigados no processo que apura o rompimento da barragem em Brumadinho (MG). A decisão também se estende a dois funcionários da empresa terceirizada Tüv Süd, que atestou a segurança da estrutura.

A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, habeas corpus impetrados em favor de Artur Bastos Ribeiro, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, Cristina Heloiza da Silva Malheiros, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Joaquim Pedro de Toledo, Alexandre de Paula Campanha, Hélio Márcio Lopes de Cerqueira, Felipe Figueiredo Rocha, Makoto Manba, André Yum Yassuda, César Augusto Paulino Grandchamp, Rodrigo Artur Gomes Melo e Ricardo de Oliveira.

O desembargador Marcílio Eustáquio Santos, relator do processo, disse em seu voto que a “prisão temporária é necessária ao bom andamento do inquérito policial no qual, frisa-se, apura delito de elevada gravidade concreta”. Para o relator, não há “constrangimento ilegal na manutenção da medida cautelar”.

O voto foi acompanhado pelos desembargadores Cássio Salomé e Agostinho Gomes de Azevedo. Segundo o relator, a decretação da prisão temporária foi “devidamente fundamentada pelo juiz, como forma de se buscar informações sobre o conhecimento dos investigados a cerca da situação de instabilidade da barragem.”

A barragem de Brumadinho se rompeu em 25 de janeiro e matou ao menos 200 pessoas. Quase dois meses após a tragédia, 108 pessoas continuam desaparecidas.

Fonte | Agência Brasil

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