Vulnerabilidade de alta gravidade já está sendo usada para atacar usuários do Chrome menos de uma semana do lançamento da atualização.

Uma brecha muito grave, que permite que um site instale vírus no computador do visitante, já está sendo explorada por hackers para atacar usuários do navegador Google Chrome. O alerta foi acrescentado nesta terça-feira (5) ao anúncio de lançamento da versão estável mais recente do Chrome (72.0.3626.121), de 1º de março.

Todos os usuários do Chrome devem atualizar o navegador imediatamente.

Embora o navegador verifique e instale atualizações de forma automática, a instalação manual pode ser iniciada acessando o menu “Ajuda > Sobre o Google Chrome”. A mesma tela pode ser aberta copiando e colando “chrome://settings/help” na barra de endereço do navegador.

A maior parte dos detalhes técnicos sobre a brecha foi mantida em sigilo pelo Google. O objetivo disso é impedir que hackers obtenham informações detalhadas sobre como explorar a falha. No entanto, como o Chrome é um software de código aberto, hackers também podem analisar o que foi modificado no programa para identificar falhas que foram corrigidas e possivelmente como explorá-las.

O que se sabe sobre o erro, até o momento, é que ele está em um componente chamado de “FileReader”. Esse componente permite ao navegador ler arquivos no computador do internauta, mas somente quando isso foi permitido — por exemplo, quando um internauta envia uma foto armazenada do seu computador para uma rede social.

Como os detalhes sobre a falha estão limitados, até o momento não está claro se um site malicioso pode contaminar o computador de um usuário do Chrome apenas por ele visitar a página ou se é necessário que haja alguma interação com o site para que isso aconteça.

No entanto, o Google classificou a falha com a severidade “Alta”, um nível abaixo da “Crítica”, a mais elevada. De acordo com os critérios do próprio Google, a classificação de uma vulnerabilidade na categoria “Alta” pode indicar a existência de circunstâncias que dificultem a exploração de uma brecha ou que reduzam seu impacto.

A exploração de falhas no Google Chrome em uma data tão próxima do lançamento de uma atualização é um acontecimento raro. O navegador possui diversas proteções para dificultar a criação de códigos de ataque, o que normalmente atrasa esse processo o suficiente para que quase todos os usuários do navegador já tenham recebido a versão mais recente pela atualização automática.

No caso de falhas de “Alta” gravidade, o Google adota um prazo base de 60 dias para distribuir a atualização para todos os usuários do Chrome. Nesse caso, o alerta sobre os ataques chegou apenas quatro dias após o lançamento.

Fonte | G1

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