Mãe de Heitor foi resgatada no meio do mar de lama; pai e tia também morreram no rompimento da barragem da Vale.

O corpo de Heitor Prates Máximo da Cunha, de um ano e seis meses, foi identificado pela Polícia Civil de Minas Gerais. O bebê está entre os 186 mortos confirmados do rompimento da barragem da Vale, no dia 25 de janeiro, em Brumadinho.

A identificação do corpo do menino foi incluída na lista divulgada pela Polícia Civilna manhã desta quinta-feira (28). De acordo com o avô da criança, após a identificação, o enterro foi realizado na terça-feira (26).

O pai Robson Máximo Gonçalves, e a tia Pâmela Prates da Cunha, que morreram na tragédia, também já tiveram os corpos enterrados.

Resgate da Mãe

Paloma Prates da Cunha durante o resgate no lamaçal e 8 dias depois. Após 4 dias internada, está com o nariz e o osso esterno (peito) quebrados e o corpo cheio de hematomas, escoriações e cortes — Foto: Carlos Amaral/G1

Paloma Prates da Cunha durante o resgate no lamaçal e 8 dias depois. Após 4 dias internada, está com o nariz e o osso esterno (peito) quebrados e o corpo cheio de hematomas, escoriações e cortes — Foto: Carlos Amaral/G1

Um dos momentos mais impactantes da tragédia foi o resgate da mãe de Heitor. Paloma Prates da Cunha, de 22 anos, mal conseguia se mexer para segurar a corda atirada por um funcionário da Vale. Ela conta que estava muito cansada, não conseguia se movimentar e estava com muita dor no peito.

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Poucos dias após o resgate, Paloma conversou com a apresentadora Ana Maria Braga e na entrevista demonstrava esperança de encontrar a irmã e o filho.

A auxiliar de cozinha foi levada ao hospital e ficou quatro dias internada. Em casa, ela ainda se recupera do nariz e do osso esterno (peito) quebrados, e dos ferimentos no corpo. Passado mais de um mês da tragédia, ela falou que quando se deu conta que a barragem tinha se rompido não teve tempo nem de pegar uma foto dos melhores momentos da sua vida. Em entrevista ao MG1, na última segunda-feira (25), Paloma disse que às vezes pensa que está sonhando e que vai chegar em casa e encontrar a família dela, mas desabafa. “Eu não vou escutar o meu filho me chamando de mãe”.

Fonte | G1

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