Empresário teria ido até o banco para resolver problemas na sua conta e foi ignorado por cinco horas. Após confusão, a polícia foi chamada.

Em relato nas redes sociais, o empresário Crispim Terral, de 34 anos, demostrou indignação com um episódio ocorrido em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Salvador, na Bahia. Segundo Crispim, ele foi ao banco oito vezes, não conseguiu ser atendido, e sofreu racismo por parte dos funcionários. O empresário teria insistido pela atenção do gerente, que chamou um policial militar para tirá-lo da agência.

Nas imagens, o policial chamado pelo gerente da CEF aparece aplicando um golpe de mata-leão em Crispim. A filha do empresário estava presente durante o ato e fez a filmagem.

De acordo com Crispim, a confusão aconteceu depois que ele teve que esperar por quase cinco horas para ser atendido. O empresário relata que, então, foi reclamar com o gerente, identificado pelo nome de Mauro.

O caso ocorreu na última terça-feira (19/2). Segundo o empresário, ele foi à agência para solicitar um ressarcimento de R$ 2 mil, que teria sido retirado de sua conta “indevidamente”.

“Fui solicitar um suposto comprovante de pagamento de dois cheques pagos pela Caixa Econômica, sendo que os dois cheques estão devolvidos por estarem sem fundos, e fui também requerer a devolução de R$ 2.056 retirados de minha conta há dois meses e 21 dias indevidamente”, disse.

Ainda segundo Crispim, ele teria pedido para o gerente atendê-lo depois da longa espera. No entanto, o responsável pela sua conta “foi indiferente” e saiu para atender outra mesa. Na sequência, o empresário teria ido ao encontro do gerente geral, João Paulo, que foi “ainda mais ríspido”.

“Se o senhor não se retirar da minha mesa vou chamar uma guarnição”, teria dito o gerente geral. Crispim conta que, obedecendo à solicitação de João Paulo, o PM pediu educadamente para que ele se retirasse do ambiente e fosse até a delegacia para prestar depoimento. Mas depois disso, a situação piorou.

“O problema foi que, ao descer ao térreo da agência, o gerente falou que só iria à delegacia se os policiais me algemassem, e disse: ‘Não faço acordo com esse tipo de gente’”, contou Crispim. O empresário teria se exaltado com a fala de João Paulo e, por isso, o PM aplicou o golpe.

“Em pleno século 21 fui tratado de forma ríspida e claramente fui vítima de preconceito racial”, afirmou Crispim ao final do relato.

Outro lado A Caixa Econômica Federal afirmou que “repudia atitudes de discriminação” e que está apurando o caso. “Em relação ao ocorrido na agência Relógio de São Pedro, em Salvador, a CEF informa que está apurando o caso e tomará todas as providências cabíveis. A CEF ressalta que repudia atitudes de discriminação cometidas contra qualquer pessoa”, informou a instituição em nota.

Fonte | Metrópoles
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