Eduardo Botelho acredita que denúncia será arquivada pelo TJMT

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), afirmou que não conhece a pessoa que o denunciou por supostas fraudes envolvendo a Verba Indenizatória da Assembleia Legislativa. Ontem, o democrata foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, junto com outras 13 pessoas, na “Operação Déjá Vú”, que apura esquema de emissão de notas frias para desviar a verba indenizatória. “Não conheço este cidadão. Ele diz no depoimento que inclusive que não me conhece, nunca me viu e que supostamente teria vendido para um assessor meu”, destaca o deputado.

Botelho afirma ainda que a nota contestada como sua de pouco mais de R$ 7 mil não foi paga pela Assembleia Legislativa. “Essa denúncia é lá de trás. Fui ao Ministério Público, apresentei para ele que essa nota não entrou na conta da Assembleia. Não existe essa nota prestado conta”, se defende.

O presidente do Legislativo se mostra confiante de que a denúncia não será acatada pelo Tribunal de Justiça. “O MPE decidiu que deveria denunciar. Vamos oferecer nossa defesa e eu tenho certeza de que não vai ser aceita essa denúncia”, previu.

Além de Botelho, outros deputados, ex-parlamentares, contadores e servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso foram denunciadas nesta terça-feira (25) pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal). O grupo é acusado de desviar aproximadamente R$ 600 mil referentes a recursos públicos oriundos de verbas indenizatórias nos anos de 2012 a 2015.

A lista de denunciados inclui o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM); o ex-deputado e atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB); o deputado Ondanir Bortolini (PSD); e os ex-parlamentares José Antônio Gonçalves Viana (PDT), José Geraldo Riva (sem partido) e Wancley Charles Rodrigues de Carvalho (PV). Também figuram no polo passivo da denúncia, Hilton Carlos da Costa Campos, Vinícius Prado Silveira, Geraldo Lauro, Ivone de Souza, Renata do Carmo Viana Malacrida, Tschales Franciel Tschá, Camilo Rosa de Melo e Ricardo Adriane de Oliveira.

CASO A CASO

Com o ex-deputado Zeca Viana foram constadas 23 notas, equivalente a R$ 149.545,00; com Ondanir Bortolini, 16 notas no valor de R$ 93.590,35; com Emanuel Pinheiro foram 13 notas, no valor de R$ 91.750,69; com José Geraldo Riva, oito notas fiscais no valor R$ 56.200,10; com Wancley Charles Rodrigues de Carvalho, duas notas no valor R$ 11.252,00; e com José Eduardo Botelho, uma nota fria no valor de R$ 7.143,00. Os promotores de Justiça verificaram ainda o envolvimento do ex-deputado estadual Walter Rabelo, já falecido, com a utilização de 27 notas fiscais frias no valor R$ 192.756,70.

Conforme o MP os documentos públicos relacionados às verbas indenizatórias investigadas “simplesmente sumiram, seja dos escaninhos da Secretaria da AL/MT (onde deveriam estar arquivados os memorandos, como nos gabinetes de cada um dos parlamentares (onde deveriam estar arquivadas as vias protocoladas e as notas fiscais que lastrearam o pagamento da indenização)”.

Fonte | Folhamax

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