Chapa de Selma Arruda contraiu despesas de natureza tipicamente eleitoral no valor de R$ 1.246 milhão. Os gastos foram quitados com recursos de origem clandestina, segundo o MP.

O Ministério Público Eleitoral requereu à Justiça Eleitoral a cassação do diploma da senadora Selma Arruda, eleita pelo PSL, em 2018, por arrecadação, gastos ilícitos de recursos, abuso de poder econômico e caixa dois de campanha e a realização de novas eleições.

A parlamentar afirmou que está muito tranquila e que o pedido do Ministério Público Eleitoral é improcedente.

A investigação da Procuradoria Regional Eleitoral apurou que integrantes da chapa da candidata Selma Arruda contraíram despesas de natureza tipicamente eleitoral no valor de R$ 1.246 milhão. Os gastos foram quitados com recursos de origem clandestina, que não transitaram regularmente pela conta bancária oficial.

O MP pediu a Justiça que sejam feitas novas eleições para o cargo, pois, aventar a posse do terceiro colocado nas eleições representaria atropelar a vontade popular e violar o regime democrático amparado pela Constituição Federal.

Além da perda de mandato, a Procuradoria pede que Selma Arruda seja considerada inelegível e que sejam feitas novas eleições para senador.

Carlos Fávaro (PSD) teve a terceira maior votação e tentou ocupar vaga — Foto: TVCA/ Reprodução

Carlos Fávaro (PSD) teve a terceira maior votação e tentou ocupar vaga — Foto: TVCA/ Reprodução

Com isso, o terceiro colocado na eleição, ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) não poderia assumir a vaga, como ele havia solicitado à Justiça.

No dia 7 de outubro de 2018, Selma foi eleita com 678.542 mil votos e Jayme Campos (DEM) para a segunda vaga, com 490.699 votos. Fávaro foi o terceiro colocado, com 434.972 votos.

O pedido inclui os suplentes da senadora por Mato Grosso. A Procuradoria da República pede ainda que a Justiça reconheça que houve arrecadação e gastos ilícitos na campanha e abuso de poder econômico.

Selma Arruda declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 1,4 milhão. No entanto, conforme o parecer, ela fez empréstimos pessoais com valores acima da capacidade financeira e remuneração recebida enquanto juíza aposentada.

Fonte | G1

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