Foram nove votos pelo afastamento de Guilherme Maluf e outros nove pela permanência no cargo. O voto de minerva foi dado pelo presidente do TJ, desembargador Carlos Alberto da Rocha.

Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acataram, por unanimidade, a denúncia contra o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) pela suposta participação em fraudes na Secretaria de Estado de Educação.

Em seguida, 9 magistrados votaram pelo afastamento de Maluf do cargo de deputado estadual, enquanto outros 9 votaram pela permanência dele na Assembleia Legislativa. Diante do empate, o voto de minerva foi dado pelo presidente do TJ, desembargador Carlos Alberto da Rocha, pelo não afastamento do deputado.

Votaram pelo afastamento os desembargadores Nilza Maria Pôssas de Carvalho, Helena Maria Bezerra Ramos, Juvenal Pereira da Silva, Márcio Vidal, Guiomar Teodoro Borges, Maria Erotides Kneip Baranjak, Luiz Carlos da Costa, João Ferreira Filho e Marilsen Andrade Addario.

Votaram contra o pedido de afastamento Maria Aparecida Ribeiro, Serly Marcondes Alves, Gilberto Giraldelli, Antônia Siqueira Gonçalves, Orlando de Almeira Perri, Clarice Claudino da Silva, Marcos Machado, Dirceu dos Santos, Rondon Bassil Dower Filho e o presidente Carlos Alberto Alves da Rocha.

Assim, Maluf tornou-se réu, mas vai responder ao processo no cargo de deputado estadual.

Em 2017, Maluf foi denunciado pelo Ministério Público por suspeita de liderar esquema de desvio de verba da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entre 2015 e 2016. A fraude é investigada no âmbito da Operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

O MPE denunciou Maluf por organização criminosa, corrupção passiva (20 vezes) e embaraçamento da investigação, ou seja, ele teria prejudicado a apuração dos crimes.

A participação do parlamentar no esquema seria a mesma do empresário Alan Malouf, que é primo dele e confessou participação nas fraudes depois de ter passado duas semanas preso. Ele pagou fiança, foi solto e passou a cumprir prisão em regime domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

Por meio de nota, o deputado estadual Guilherme Maluf lamentou o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público sem apresentar absolutamente nenhum elemento que comprove as acusações feitas. Maluf enfatizou que respeita o Tribunal de Justiça e garantiu que vai provar sua inocência durante o andamento da ação.

Fonte | G1

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