De acordo com o Ministério da Justiça, o isolamento é estratégia necessária para o enfrentamento de organizações criminosas. O principal líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Camacho, o Marcola, foi transferido da penitenciária de Presidente Wenceslau, em São Paulo, para um presídio federal junto a outros 21 detentos que também são lideranças da facção.

A transferência de 22 presos de São Paulo para presídios federais foi confirmada em nota pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, mas os nomes dos detentos envolvidos não foram divulgados. Uma fonte com conhecimento do assunto, no entanto, confirmou que Marcola está entre esses presos.

A transferência dos detentos foi determinada pela Justiça paulista atendendo a um pedido do MP do Estado. A transferência envolve um amplo aparato de segurança que inclui forças federais e estaduais.

“Os presos, líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), custodiados em São Paulo, estão sendo transferidos com a escolta do Departamento Penitenciário Federal (Depen) e da Polícia Militar de São Paulo para as penitenciárias federais. O isolamento de lideranças é estratégia necessária para o enfrentamento e o desmantelamento de organizações criminosas”, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“O trabalho integrado conta com a atuação da Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, Força Aérea Brasileira (FAB), Exército Brasileiro, Coordenação de Aviação Operacional e Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, além da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O trabalho também envolve ações de inteligência em conjunto com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).”

O PCC atua principalmente dentro e fora de presídios de São Paulo, mas também tem ampliado sua ação para outros Estados e até mesmo para países vizinhos.

A transferência de Marcola e das demais lideranças do PCC foi pedida pelo MP paulista no final de novembro, mas a Justiça acatou o pedido somente na semana passada, de acordo com o Ministério Público estadual.

Fonte | Huffpost Brasil
Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)