Ela é uma das empresas citadas na Operação Remora, deflagrada em maio de 2016, para combater fraudes em licitações e contratos de construções e reformas de escolas.

A reforma de uma escola estadual em Cuiabá nem começou e já gerou desconfiança. A empresa que venceu a licitação foi citada num esquema de desvio milionário de obras da Secretaria de Educação do Estado (Seduc).

A instituição é a Escola Estadual Cleinia Rosalina de Souza, no Bairro Itamarati, em Cuiabá, que atende a 124 alunos.

Foi feita uma licitação de mais de R$ 2 milhões. O problema é a empresa que ganhou a licitação está envolvida num escândalo dentro da Seduc.

Escola Estadual Cleinia Rosalina de Souza, em Cuiabá — Foto: TV Centro América/Reprodução

Escola Estadual Cleinia Rosalina de Souza, em Cuiabá — Foto: TV Centro América/Reprodução

Ela é uma das empresas citadas na Operação Remora, deflagrada em maio de 2016, para combater fraudes em licitações e contratos de construções e reformas de escolas.

Segundo o Ministério Público, as irregularidades teriam começado em outubro de 2015 e teriam envolvido pelo menos 23 obras, no valor de R$ 56 milhões.

O ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, e empresários chegaram a ser presos, mas foram soltos. Os processos ainda não foram julgados e estão na 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

A Controladoria-Geral do Estado (CGE) abriu um processo administrativo para investigar o caso, que está na fase de alegações finais das defesas das empresas.

A licitação da reforma da escola ocorreu em dezembro. A Aroeira Construções foi a vencedora com o menor preço. A homologação foi assinada pela atual secretária de educação, Marioneide Kliemaschewsk, no último dia 28 de janeiro.

Escola Estadual Cleinia Rosalina de Souza, em Cuiabá — Foto: TV Centro América/Reprodução

Escola Estadual Cleinia Rosalina de Souza, em Cuiabá — Foto: TV Centro América/Reprodução

O secretário controlador geral do estado diz que não há impedimento para a empresa fechar contratos com estado, porque ela não tem nenhuma condenação judicial, nem administrativa.

O contrato com a empresa ainda não foi assinado. Mas se, no meio da obra, a empresa for condenada, ela vai poder terminar a reforma e receber por isso.

Um dos sócios da construtora, Ricardo Sguarezzi, não quis gravar entrevista, mas por telefone disse que a empresa não foi condenada, que não é ré no processo, inclusive ele foi um dos delatores do esquema e garante que vai concluir a obra.

Fonte | G1

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