Ele era casado com Rosilene Ozório Mattar, 48, uma mineira que conheceu trabalhando na empresa. Rosilene foi encontrada sem vida.
Segundo a irmã de João Paulo, a enfermeira Janna Pizziani, ele é natural de Belo Horizonte, mas veio ainda bebê para o interior mato-grossense, onde ficou até os 20 anos.
Portador de uma doença na coluna, ele começou a trabalhar na Vale por indicação de amigos e familiares. Lá, exerceu função de mecânico, até que foi transferido para o setor administrativo.
“Por ele ser portador de necessidade especial ele começou a fazer curso e teve a oportunidade de ir para Vale, teve apoio na época de um vereador que não me lembro o nome e da minha família também”, explicou.
Apesar de trabalharem juntos, eles estavam em setores diferentes no momento do rompimento da barragem. Os dois estavam casados desde 2011 e não tiveram filhos.
“A minha vida desde que aconteceu tem sido de ir e voltar para cá. A gente vai no IML [Instituto Médico Legal] e não tem nada. Estamos em busca, é esperança. Mas acho que infelizmente agora é só o corpo mesmo, já não tem chance nenhuma de ter alguém com vida”, disse a irmã.
Nesta terça-feira (5), completa-se 12 dias de buscas por desaparecidos no local. De acordo com o último balanço divulgado pelas autoridades o há 134 mortes. Outras 395 pessoas foram localizadas com vida.
Nas buscas, bombeiros contam com máquinas anfíbias, drones, botes, helicópteros, escavadeiras, retroescavadeiras e cães farejadores.
Fonte | Gazeta D.