Ele é acusado de abuso sexual de mulher que estava há mais de dez anos internada.

Um enfermeiro de uma clínica em Phoenix, Arizona, onde uma mulher com grave deficiência que estava internada havia anos deu a luz a um bebê em dezembro, foi preso, disse a polícia nesta quarta-feira (23).

Nathan Sutherland, de 36 anos, é acusado agressão sexual e abuso de adulto vulnerável. Autoridades disseram que ele foi enfermeiro da vítma na clínica Hacienda Healthcare, onde ocorreu o caso. A polícia chegou a ele depois que as autoridades obtiveram uma ordem judicial para coletar uma amostra de DNA sua, que foi comparada ao DNA do bebê.

Em 29 de dezembro, a paciente internada há mais de dez anos deu à luz. O seu estado físico a impede de consentir sobre atos sexuais, o que deu início à investigação sobre quem a havia atacado. A polícia começou a fazer exames de DNA para identificar quem seria o pai biológico da criança.

Fachada da clínica no Arizona, EUA, onde paciente em estado vegetativo engravidou — Foto: Ross D. Franklin/AP Photo

Policiais disseram que a mulher, de 29 anos, tinha origem indígena e era parte de um grupo da reserva San Carlos Apache. A imprensa divulgou que ela foi vítima de afogamento há mais de 10 anos, o que causou o que vinha sendo descrito como um estado vegetativo ou, outras vezes, de coma.

Nesta terça, a família da vítima disse em comunicado que, diferentemente do que vinha sendo divulgado pela imprensa, ela “não está em coma”, mas tem “deficiências intelectuais significativas” decorrentes de convulsões que sofreu no início de sua infância.

“Ela não fala, mas tem alguma capacidade de mover seus membros, cabeça e pescoço”, disse a família por meio de seu advogado. “Ela responde ao som e é capaz de fazer gestos faciais. O importante é que ela é uma filha amada, embora com deficiências intelectuais significativas “.

“Em nome da tribo, eu estou profundamente chocado e horrorizado com o tratamento dado a uma de nossas integrantes”, disse o chefe da tribo, Terry Rambler, quando o caso veio à tona.

“Quando você tem uma pessoa amada sob cuidados paliativos, quando eles estão ainda mais vulneráveis e dependente dos outros, você confia nos cuidadores. Infelizmente, um dos cuidadores não era confiável e se aproveitou dela”, lamentou Rambler.

Ninguém sabia da gravidez “Nenhum dos funcionários estava ciente de que ela estava grávida até o momento que ela estava dando à luz”, disse uma fonte da família à rede Fox, quando as investigações estavam em andamento.

“Pelo que me disseram, ela estava gemendo. E eles não sabiam o que havia de errado com ela”, disse a fonte. Ela ainda informou que soube pela clínica que o bebê está saudável e que uma enfermeira que estava no local ajudou no parto.

A clínica informou aos familiares que mudou o protocolo de atendimento e disse que, sempre que um funcionário precisar entrar no quarto de uma paciente, será acompanhado de alguma funcionária com ele.

Fonte | G1

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