A jovem Raquel dos Santos Soares, que estava desaparecida desde 31 de dezembro de 2018 na Zona Sul de São Paulo, e cujo corpo foi encontrado na terça-feira (15) no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, foi morta por um tribunal do crime.

Segundo o delegado Olívio Gomes Lyra, titular do 37º Distrito Policial (Campo Limpo), ela foi julgada pelos traficantes por passar informações da facção que atua dentro e fora dos presídios paulistas para um grupo rival.

“A origem de tudo foi uma briga de duas moças na tarde do dia 31 de dezembro no Morro da Lua, que é vizinho do Morro da Capadócia. Houve um primeiro julgamento, realizado por integrantes do tráfico daquela comunidade, porque a briga das moças podia trazer inconveniente e queriam dar corretivo nelas”, disse o delegado.

Neste primeiro julgamento, do qual participaram Raquel e mais duas mulheres e o marido de Raquel, que tem envolvimento do tráfico de drogas. Os três estão presos e mais três pessoas teriam participado do assassinato.

Durante o julgamento no Morro da Capadócia, os traficantes liberaram as duas mulheres e perceberam que o casal tinha outras informações, “do ponto de vista do tráfico”, e foram para outro morro, o Jardim Ivete, para um novo julgamento.

Delegado diz que Raquel foi morta por traficantes — Foto: TV Globo/reprodução

Delegado diz que Raquel foi morta por traficantes — Foto: TV Globo/reprodução

“Havia outros traficantes lá e decidiram que a Raquel tinha passado informação para a facção rival e, em razão disso, foi assassinada”, segundo o delegado. A jovem foi morta por asfixia.

O corpo foi reconhecido pela família da vítima, que esteve no Instituto Médico-Legal (IML). O enterro ocorreu por volta do meio-dia desta quarta-feira (16) em um cemitério em Taboão da Serra.

A possibilidade de feminicídio, levantada inicialmente devido a depoimentos de vizinhos, que relataram que ela brigava e havia sido ameaçada pelo marido, foi descartada.

Já a família de Raquel culpa o marido dela pela morte e diz acreditar que ela caiu em uma emboscada. Em mensagens com amigos, ela relatou que queria sair de casa devido às brigas constantes, e que se sentia ameaçada.

Raquel tinha sido vista pela última vez pela irmã em 31 de dezembro, quando combinou de passar a festa de réveillon na casa dos pais. Ela deixou duas filhas, sendo uma de 1 ano de idade e outra de 3.

Fonte | G1

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