O índice de votos inválidos no segundo turno desta eleição foi o maior registrado desde 1989. Mais de 20% não compareceram para votar. Ao todo, mais de 42 milhões de eleitores não escolheram nenhum dos candidatos. 

Soma dos votos nulos e brancos com as abstenções neste segundo turno foi de mais de 42 milhões

O índice de votos brancos e nulos no segundo turno da eleição presidencial deste ano, realizado neste domingo (28/10), foi de 9,6%, o maior já registrado desde o fim da ditadura militar.

Os votos em branco somaram quase 2,5 milhões, ou 2,14% dos votos totais. A cifra é levemente superior ao 1,7% registrado no segundo turno da última eleição para presidente, em 2014, mas semelhante à de anos anteriores.

Já os votos nulos chegaram a 7,43%, o maior percentual desde 1989, somando 8,6 milhões. O aumento foi de 60% em comparação com o segundo turno do pleito de 2014, quando 4,6% dos votos foram anulados.

Além disso, quase 31,4 milhões de eleitores não compareceram às urnas, o que representa 21,3% do total do eleitorado, índice similar ao registrado no segundo turno de quatro anos atrás.

A soma dos votos nulos e brancos com as abstenções foi de cerca de 42,4 milhões. Em comparação, o candidato eleito, Jair Bolsonaro (PSL), recebeu 57,7 milhões de votos, e o derrotado, Fernando Haddad (PT), obteve 47 milhões de votos.

Os estados de São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do país, registraram os maiores índices de votos nulos neste segundo turno. Em Minas, 10,6% dos votos foram anulados, enquanto em São Paulo foram 10%. Logo a seguir estão Sergipe, com 9,5%, e Rio de Janeiro, com 9,1%.

Fonte | DW

Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)