Segundo pesquisadores franceses, frequentar a creche na primeira infância também pode proporcionar melhores habilidades sociais, além de evitar problemas comportamentais e de relacionamentos com os colegas

Quem já não se perguntou sobre o melhor momento para introduzir o filho na vida escolar? Quanto mais cedo melhor? Ou o ideal seria deixar a criança por mais tempo sob os cuidados de uma babá ou um familiar? Pois, pesquisadores franceses afirmam que optar pela creche pode beneficiar a criança em diversos aspectos.

O estudo, publicado pelo Journal of Epidemiology & Community Health, analisou o desenvolvimento emocional de 1428 crianças do nascimento até 8 anos de idade. Periodicamente, os pais tinham que responder a um questionário com 25 perguntas envolvendo problemas comportamentais e emocionais, como a dificuldade em fazer amigos, hiperatividade, conduta e habilidades sociais.

Eles também foram questionados sobre o tipo de cuidado que as crianças tinham até os 3 anos de idade: se formal, isto é, creche; informal, ou seja, se ficavam sob os cuidados de algum familiar ou amigo; ou então de uma babá.

O estudo chegou à conclusão de que aqueles que receberam cuidados formais tiveram menor probabilidade de ter problemas emocionais e comportamentais e maior probabilidade de terem melhores habilidades sociais. Além disso, crianças que frequentavam creches por um ano ou mais tinham chances ainda mais baixas de sofrer com problemas emocionais, dificuldades de fazer amigos e habilidades sociais precárias.

Por outro lado, as crianças que eram cuidadas por uma babá eram mais propensas a ter problemas de comportamento. Os cientistas acreditam que os resultados podem refletir uma combinação do estímulo mental derivado do brincar, de elogios e de leitura, juntamente com as regras e interações de qualidade com o cuidador.

Eles concluem que o acesso a cuidados infantis de alta qualidade nos primeiros anos de vida pode melhorar o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, prevenir dificuldades emocionais posteriores e promover comportamentos pró-sociais.

Fonte | Revista Crescer
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