Falecido há setes meses, o físico Stephen Hawking deixou, além de obras consagradas que ajudaram a moldar a ciência nas últimas cinco décadas, escritos recentes que fazem algumas previsões para o futuro.

Reunidos em um livro chamado Breves Respostas para Grandes Questões, que será lançado amanhã (16/10) no exterior e chegará ao Brasil em meados de novembro pela editora Intrínseca, os textos mostram a visão do cientista do que será o futuro em relação a diversas possibilidades – desde a inteligência artificial ao possível contato com extraterrestres.

Em um dos excertos divulgados antecipadamente pelo jornal inglês Sunday Times, Hawking levanta uma situação potencialmente assustadora: os super-ricos terem condições de editar seus genes e o de seus descendentes, com a intenção de “aperfeiçoá-los”, enquanto a maior parte das pessoas passará longe de ter condição de fazer coisa semelhante.

Chamadas de “super-humanos” pelo cientista, essas pessoas geneticamente modificadas entrariam rapidamente em oposição com os seres humanos “normais”, em função da disparidade de recursos.

“Uma vez que os super-humanos apareçam, terão significativos problemas políticos com os humanos não melhorados, que não terão condições de competir. Presumivelmente, estes vão morrer, ou se tornar menos importantes. Em seu lugar, haverá uma raça de seres autoprojetados que estão melhorando a si próprios em uma taxa sempre crescente. Se a raça humana conseguir redesenhar a si mesma, vai provavelmente se espalhar e colonizar outros planetas e estrelas”, diz Hawking no texto.

Em outro trecho, o cientista afirma que outra possível ameaça vem da inteligência artificial. Retratando o cenário explorado por obras de ficção científica como Matrix e Eu, Robô, Hawking prevê que as máquinas “desenvolverão uma vontade própria, em conflito com a nossa”. Se tanta desgraça ainda não for suficiente, há mais. Para Stephen Hawking, nos próximos mil anos, há boas chances de que um entre dois tipos de desastres abalem seriamente a Terra: uma calamidade ambiental e uma guerra nuclear. Fonte | Época
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