O Brasil é referência mundial quando o assunto é biodiversidade, tendo como base suas grandes florestas que são a casa de milhares de espécies da fauna e flora nacional. Mesmo assim, Henrique Fontes conta que há diversos seres vivos ainda desconhecidos e que têm seu papel no meio ambiente pouco difundido à sociedade, como é o caso dos insetos. Muitas vezes considerados nocivos aos seres humanos, esses animais têm grande importância para a natureza, pois, entre outras funções, são responsáveis pela polinização. Visando aproximar o público do universo imperceptível dos insetos, a USP em São Carlos recebe, até o dia 8 de outubro, a exposição fotográfica “Interações”.
A mostra criada pelo biólogo e doutor em ecologia André Rangel Nascimento, conta com 41 fotografias, distribuídas pelos corredores do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). André revela que “as fotografias apresentam a microfauna, em especial os insetos, atuando em relevantes ambientes naturais do nosso país e interagindo com outras espécies, entre elas, as plantas. Os registros são parte de meu pós-doutorado, em que realizei dois anos de expedições científicas”. Alguns retratos do especialista também estão expostos no Museu da Engenharia Elétrica e no Anfiteatro Armando Toshio Natsume, ambos do SEL.
Capturadas em ambientes que vão de jardins a florestas, as fotografias exibem em detalhes, o comportamento dos insetos. André ainda conta que conhecer a biodiversidade desses animais é fundamental para o entendimento dos mecanismos necessários para a preservação das florestas, pois é preciso dar o devido valor à vida e entender a importância de proteger esses frágeis ecossistemas. “Quando pensamos no desmatamento ou em um incêndio florestal, muitas vezes não enxergamos a amplitude do desastre e todas as formas de vida que perdemos. Para cada árvore cortada, muitos outros organismos associados a ela simplesmente desaparecem”, afirma o biólogo.
Ele ainda explica que imagens de árvores, macacos, felinos, aves e borboletas. No entanto, há muito mais diversidade no interior das matas que fogem totalmente ao conhecimento das pessoas comuns e também dos cientistas. “Esperamos que a população seja um agente da preservação dos ambientes naturais, sejam eles jardins, parques, praças, reservas e até mesmo florestas”, reitera o pesquisador.
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