O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse na segunda-feira, na cidade de Medellín (Colômbia) que o Brasil deve ser generoso com os venezuelanos que buscam refúgio em seu território para escapar da crise.

Jungmann, que visitou Medellín para conhecer a transformação da cidade colombiana em programas sociais para superar a violência, afirmou que o êxodo dos venezuelanos deve ser abordado na próxima quarta, durante reunião em Bogotá com o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo.

“É uma preocupação para nós. O Brasil é um país de imigrantes, temos que ser generosos e receber nossos irmãos venezuelanos”, disse o ministro à Agência Efe.

A declaração foi feita no dia seguinte em que pelo menos 1,2 mil venezuelanos foram obrigados a deixar o Brasil após serem atacados em seus acampamentos por moradores da cidade de Pacaraima, em Roraima.

Raul Jungmann acrescentou que a migração venezuelana no Brasil “está concentrada em uma área muito isolada e com uma pouca infraestrutura”, o que aumenta as tensões entre cidadãos dos dois países.

“Temos que garantir a segurança da população brasileira e dos imigrantes, evitando conflitos como o que temos. A nossa responsabilidade é que não volte a ocorrer (o de Pacaraima), pois não é isso que desejamos para os imigrantes venezuelanos que nos procuram em situação de dificuldade”, acrescentou.

Ele lembrou que o governo brasileiro tem oferecido apoio aos venezuelanos com abrigos, saúde e todo tipo de assistência social, mas a parte mais difícil é absorver aqueles que querem se estabelecer em Pacaraima, cidade de aproximadamente 12 mil habitantes que se transformou na principal porta de entrada dos venezuelanos que fogem da crise política, econômica e social de seu país.

“O que temos que fazer é expandir os programas sociais, temos que ampliar a saúde, temos que ampliar os abrigos e sobretudo, fazer mais rapidamente a interiorização, absorção dos venezuelanos”, explicou.

Os protestos violentos começaram após a agressão a um comerciante local, supostamente por um grupo de venezuelanos que, aparentemente, tentaram assaltá-lo quando estava na sua casa com sua família, segundo o Governo de Roraima.

Fonte | EFE
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