Contrariando os apelos da base do governo na Assembleia Legislativa para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos grampos fique para depois das eleições, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) afirmou, na tarde desta quarta-feira (1), que vai apresentar o requerimento de abertura na próxima semana. “Esse ‘votar depois de eleição’, em minha opinião, é mais eleitoreiro do que dizer que apreciar agora a CPI é eleitoreiro”, afirmou. Janaína afirma que já tem as oito assinaturas necessárias para abrir a Comissão, mas prefere não revelar os nomes para que não haja ‘pressão’ sobre eles. “Não quero falar o nome deles porque eu quero preservar pra que aconteçam mesmo as oito assinaturas”, disse. “A gente sabe que existe uma pressão gigantesca, chantagem em cima dos parlamentares, então não quero cometer o mesmo erro que já cometi no passado de falar o nome e esses deputados serem pressionados e não assinarem”. A deputada ainda explicou que só não apresentou o requerimento nesta quarta-feira (1) porque dois parlamentares – um deles, Silvano Amaral (MDB) – não estavam presentes. “Assim que eles chegarem nós já vamos apresentar com as oito assinaturas, e se os colegas e deputados de base quiserem assinar, serão bem vindos, mas sem acordão. Não tem acordão de apreciar só depois das eleições”. Durante uma sessão plenária nesta quinta-feira (1) de manhã, o líder e vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputados Leonardo Albuquerque (SD) e Wilson Santos (PSDB), respectivamente, prometeram convocar a base para assinar o requerimento de abertura CPI caso os trabalhos da Comissão só se iniciassem após as eleições. A sugestão foi dada pelo deputado Zeca Viana (PDT). Janaína Riva, autora da proposta, não concorda. “Sou contra. Já, inclusive, avisei o deputado Zeca Viana, que como líder de oposição vou encaminhar que a CPI ocorra mesmo em período eleitoral. A Assembleia está funcionando de qualquer maneira, nós temos servidores à disposição, a Assembleia faz uso normal do seu duodécimo… Quer dizer, se está onerando o bolso do contribuinte, do cidadão, não vejo porque a Assembleia não trabalhar e, da mesma forma, não desempenhar aqui o seu papel de fiscalizar o executivo. E acredito que a CPI dos grampos faz parte disso. Não só o executivo, mas aí nós estamos falando também do poder judiciário, nós estamos falando aí de outros poderes e instituições que vão ser também investigadas na CPI dos grampos, que deve ser a CPI da Grampolândia Pantaneira, porque até como eu disse vai abranger tudo, vai ser ampla”. Fonte | OlharDireto
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