A congressista, seu marido, o ex-ministro do Planejamento (no governo Lula) e Comunicações (no governo Dilma) Paulo Bernardo, e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Os valores seriam provenientes do esquema instalado na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, na época comandada por Paulo Roberto Costa. De acordo com o MPF, o operador dos repasses foi Alberto Yousseff.
O repasse teria ainda o objetivo de manter Costa na diretoria da estatal. Segundo o MPF, a quantia foi entregue em 4 parcelas de R$ 250 mil a Rodrigues.
Ontem (2ª), a PGR (Procuradoria Geral da República) enviou ao STF 1 memorial (íntegra) reiterando o pedido de condenação da senadora e dos demais réus.
“A senadora, expoente de seu partido político, locupletou-se dolosamente de todo um esquema de ilegalidades praticados na Petrobras e, também por isso, deixou de cumprir com seu dever de fiscalização”, diz o documento assinado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
As apurações têm como base os depoimentos de Paulo Roberto Costa e Yousseff.
“São inúmeras as contradições nos depoimentos dos delatores que embasam a denúncia, as quais tiram toda a credibilidade das supostas delações. Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que 6 versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram. Tenho certeza que a verdade prevalecerá”, disse a senadora, quando a denúncia foi recebida pelo Supremo em setembro de 2016.
É a 2ª ação penal da Lava Jato analisada pelo colegiado, que em maio condenou o deputado Nelson Meurer (PP-PR) a 13 anos e 9 meses de prisão.
Compõem a 2ª Turma os ministros Ricardo Lewandowski (presidente), Edson Fachin (relator), Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello (revisor).
CIRO NOGUEIRA
Também está em pauta na sessão da 2ª Turma desta 3ª feira o recebimento de uma denúncia contra o senador e presidente do PP Ciro Nogueira (PI).
Ele é acusado de solicitar e receber propina no valor de R$ 2 milhões da UTC Engenharia. Em troca, favoreceria a empreiteira em obras públicas de responsabilidade do Ministério das Cidades e do estado do Piauí.
A PGR também enviou memorial (íntegra) sobre o caso do congressista, pedindo que a denúncia seja aceita e os investigados se tornem réus na Corte.
Além de Ciro, são alvos da denúncia Fernando Mesquita de Carvalho Filho, Fernando de Oliveira Hughes Filho, Sidney de Sá das Neves e Ricardo Pessoa, presidente da UTC Engenharia.
Fonte | Poder 360