Fraude foi descoberta após juiz perceber desvios de documentos na Vara de Execuções Penais de Cuiabá. Pitágoras Pinto de Arruda foi preso na quarta-feira (25).

O ex-assessor da 2ª Vara de Execuções Penais, Pitágoras Pinto de Moraes, suspeito de desviar dinheiro do Poder Judiciário através do pagamento de honorários de psiquiatra, confessou o crime, segundo a defesa dele. Pitágoras foi preso na quarta-feira (25), durante a Operação Regressus da Polícia Civil.

De acordo com o advogado Waldir Caldas, advogado do ex-assessor, afirmou que o cliente se diz arrependido pelo ato.

“A justificativa é que ele diz que precisava do dinheiro porque familiares estavam doentes. Ele manifestou todo o arrependimento pelo crime e por ter traído a confiança do juiz”, afirmou o advogado.

Pitágoras trabalhou como assessor de Fidelis por sete anos e foi desligado da Vara no final de janeiro deste ano, depois que o magistrado identificou as fraudes e os desvios.

Ao todo, segundo a defesa dele, R$ 26 mil foram desviados do Fórum de Cuiabá. “Inclusive, ele pediu a oportunidade de ressarcir os cofres públicos o valor desviado”, completou Waldir Caldas.

Ex-assessor da 2ª Vara Criminal de Cuiabá (Vara de Execuções Penais), Pitágoras Pinto de Arruda (Foto: TV Centro América)
Ex-assessor da 2ª Vara Criminal de Cuiabá (Vara de Execuções Penais), Pitágoras Pinto de Arruda (Foto: TV Centro América)

Fraude

O desvio do dinheiro foi denunciada à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) pelo juiz da Segunda Vara Criminal, Geraldo Fidélis.

“Soube que ele entregou documentos para um bacharel de direito e isso está fora da realidade, não é permitido. Chamei ele, em dezembro de 2017, dizendo que ele não poderia mais trabalhar comigo pois perdi a confiança”, explicou o magistrado.

Em março, outra assessora de Fidelis o chamou dizendo que havia encontrado uma irregularidade nos pagamentos de honorários da psiquiatra contratada pela Justiça.

A profissional é responsável por analisar e fornecer laudos comportamentais de presos do sistema penitenciário.

O nome que chamou a atenção da assessora é a da mãe de Pitágoras. Em um levantamento prévio, o Fórum descobriu que foram feitos 10 pagamentos no nome da mãe do assessor.

Fonte | G1

Print Friendly, PDF & Email
(Visited 1 times, 1 visits today)