Todos foram indiciados por homicídio por terem ajudado Angélica a assassinar a vizinha após uma briga por conta de uma vaga de emprego.

 
Francisco, pai de Angélica, disse que filha se defendeu de vizinhas em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Francisco, pai de Angélica, disse que filha se defendeu de vizinhas em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

O pai, o marido e a madrasta de Angélica da Cruz, de 27 anos, suspeita de matar a facadas a vizinha por causa de uma vaga de emprego em Santos, no litoral de São Paulo, no dia 13 de janeiro, foram presos na noite desta quarta-feira (24). Uma postagem da vítima feita em uma rede social, um dia antes do crime, teria sido o estopim para as agressões.

Os familiares tiveram a prisão preventiva decretada após também serem indiciados por homicídio. Segundo testemunhas, os parentes ajudaram Angélica a esfaquear Érica Oliveira da Silva, vítima fatal do crime que aconteceu no sábado (13), no bairro Monte Cabrão. Em entrevista, Francisco de Assis Cruz, pai de Angélica, negou ter ajudado matar Érica.

Angélica e Érica moravam em residências vizinhas, eram desafetas e trocaram provocações momentos antes do crime, por causa de uma vaga de emprego. A vítima fatal foi surpreendida na porta de casa e as duas irmãs, Débora, de 22 anos, e Danielle, de 29, também foram esfaqueadas, mas sobreviveram.

O delegado responsável pelo caso, Marcos Alexandre Alfino, disse não ter dúvidas em relação à autoria do crime e que investigaria a participação dos familiares. “As pessoas estão sendo ouvidas para verificarmos quem, de fato, participou do crime. Houve uma confusão generalizada, e isso é fato, mas ainda estamos apurando tudo”, explicou na data.

Angélica, inicialmente, teve a prisão temporária decretada e se apresentou na delegacia acompanhada do advogado, no último dia 18, e alegou legítima defesa. O delegado já solicitou a prisão preventiva e a jovem continua presa.

Vítima fez postagem um dia antes do crime (Foto: Reprodução /Facebook)
Vítima fez postagem um dia antes do crime (Foto: Reprodução /Facebook)

O caso

Segundo a polícia, por volta das 20h de sábado, Érica e mais três irmãs voltavam para casa quando Angélica, que trabalhava em uma barraca de bananas, as viu na rua e começou a provocar a vítima. “Elas começaram um bate-boca e o pai, o irmão e o marido da agressora saíram para ajudar”, contou Rafaela.

Segundo ela, durante a discussão, o pai de Angélica segurou Érica para que ela ficasse imóvel enquanto a filha esfaqueava a vítima. A faca foi entregue à suspeita pelo próprio marido que, segundo testemunhas, também teve participação no crime. Rafaela foi a única das quatro irmãs que não teve ferimentos.

Érica deu entrada no Pronto Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária de Guarujá já sem vida. Débora e Daniele também foram levadas para a mesma unidade de saúde e em razão da gravidade do caso foram transferidas na mesma noite para o Hospital Santo Amaro.

Segundo a polícia, logo após a briga, Angélica fugiu do local e não foi mais vista. Os familiares da suspeita foram até a Delegacia Sede de Santos prestar depoimento sobre o caso e, em seguida, foram liberados.

Rafaela afirma que família de Angélica ajudou a matar a irmã Érica, em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Rafaela afirma que família de Angélica ajudou a matar a irmã Érica, em Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Fonte | G1

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